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domingo, 12 de agosto de 2007

Fala Renan!

Renan Calheiros pode até cair da presidência da câmara, mas antes, vai contar os podres daqueles que querem sua queda. E Renan contou mais uma, desta vez, Renan revela fatos depreciativos contra senadores que defendem as investigações contra ele. Um deles é o senador Jefferson Péres (PDT-AM), o primeiro a pedir seu afastamento do cargo.

Renan se refere a Peres como "flor do lodo" e diz que ele foi acusado de gestão fraudulenta de uma empresa na década de 50. A lógica de Renan seria mostrar que os senadores que o atacam de forma mais veemente têm telhado de vidro. Jefferson Péres reagiu "Eu fui diretor de uma siderúrgica no Amazonas, e a empresa faliu. Como não pôde recolher o Imposto de Renda e os encargos sociais dos empregados, toda a diretoria foi denunciada por apropriação indébita. O juiz federal absolveu todos os diretores porque a União devia à siderúrgica mais do que o imposto que a empresa deixou de recolher". "Se o senador Renan Calheiros levantar isso, eu posso processá-lo por calúnia", disse Jefferson Péres.

Em relação ao líder do DEM, senador José Agripino (RN), Renan falou no plenário do Senado na semana passada, sobre a a concessões de rádio e TV de Agripino e a uma dívida com o Banco do Nordeste. "Meu pai recebeu há 20 anos a concessão da TV Tropical, que é retransmissora da Record, e de cinco rádios. Ele morreu e isso foi deixado para a família. Não há nada de errado nisso. Parlamentar não pode ser dirigente de empresa de comunicação, mas pode ser sócio", declarou Agripino.

Senadores dizem que Renan teria um dossiê contra vários deles.Como presidente da Casa, ele tem acesso à prestação de contas dos R$ 15 mil mensais da verba indenizatória, que serve para reembolsar despesas dos senadores com gastos nos Estados, como combustível e divulgação do mandato, e autoriza viagens em missões oficiais, que são custeadas com dinheiro público.O senador Demóstenes Torres (DEM-GO) é um que viajou ao Estados Unidos, com a namorada, com passagens e diárias paga com o dinheiro do contribuinte. Ele reconhece que viajou no ano passado com uma assessora para os EUA, com passagens e diárias pagas pelo Senado, mas nega que a funcionária seja sua namorada.

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