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sexta-feira, 31 de agosto de 2007

Abril, sem privilégios no MEC, quer vender área de negócios Didáticos

Enquanto aguardamos a CPI da TVA-Telefonica ...
Por falar nisso, a ANATEL já adotou uma postura mais cuidadosa. Ontem (dia 30/8) a venda seria avaliada. O assunto, ao ganhar tintura de escândalo, foi retirado de pauta, para melhor análise.

Mas o tema dessa nota é outro. É que o Grupo Abril parece que está pouco a pouco liquidando suas operações.

No ano passado foi a venda de 30% para o grupo sul-africano Naspers.

Agora é a venda da TVA à Telefonica.

E a novidade é que o grupo Abril está negociando a venda da Editora Ática (de livros didáticos) para a Editora Ouro.

A governo federal é o maior comprador individual de livros didáticos do mundo, por meio do Programa Nacional do Livro Didático (PNLD).

Até o governo demo-tucano de FHC, a Ática era a maior fornecedora do MEC (ministério da Educação). Ela usava sua estrutura de marketing e distribuição em larga escala para convencer professores a escolherem seus livros, coisa que outras editoras menores não conseguiam fazer.

No governo Lula as regras para a divulgação de livros didáticos nas escolas públicas mudaram visando a qualidade. E as editoras de menor porte, conquistaram maior participação.

Com o fim da mercantilização selvagem, o grupo Abril perdeu 30% do mercado já em 2004.

Além disso, João Arinos, diretor-geral da Abril Educação, disse que o governo é um "negociador duro", que tem "achatado" o preço dos livros escolares. O governo acaba comprando livros didáticos por 25% do preço vendido pelas editoras às livrarias.

Ora, é claro que o governo numa compra grande como essa, pode e deve pressionar preços para baixo, na defesa de nosso interesse de cidadão e contribuinte.
Causa estranheza é que não agisse assim antes, na época de FHC.

Com isso, sem o ambiente governamental favorável da era demo-tucana, a Editora Ática parece enfrentar dificuldades em manter-se competitiva, e está negociando sua venda.

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