O Brasil recebeu bem mais Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) no mês passado do que o governo esperava. Foram US$ 10,3 bilhões, cifra recorde para o período de um mês. Quase a metade do valor veio do setor siderúrgico. A Arcelor Mittal confirmou que no dia 4 recomprou as ações dos minoritários da Arcelor Mittal Brasil, antiga Arcelor Brasil, no valor total de US$ 5,1 bilhões. No acumulado do primeiro semestre, o volume de investimentos estrangeiros soma US$ 20,8 bilhões, 11,2% mais do que os US$ 18,7 bilhões de todo o ano passado e 182,5% acima dos seis primeiros meses de 2006.
Esses investimentos são importantes para sustentar o crescimento econômico, já que aumentam a oferta de bens e serviços
Os investimentos estrangeiros diretos foi de US$ 3 bilhões. A expectativa para este mês é de investimentos de US$ 3,5 bilhões. Além da recompra de ações da Arcelor Mittal, houve a venda da Serasa para a irlandesa Experian, no valor de US$ 1,2 bilhão. O restante, foi pulverizado em diversos setores.
O BC manteve a expectativa de chegar ao fim do ano com US$ 25 bilhões em investimentos diretos. Mas o mercado já começou a rever as projeções. A consultoria Tendências aposta em US$ 28 bilhões, mas o analista Leonardo Miceli disse que este número ainda será revisto. Em 12 meses até junho, o IED soma US$ 32,2 bilhões, o mais alto desde dezembro de 2000, de US$ 32,7 bilhões.
O Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (IEDI) comemorou o aumento dos investimentos externos para a indústria: "Um ponto a ser considerado no fechamento do primeiro semestre é o crescimento do IED para a indústria. Na participação do capital somou US$ 7,5 bilhões contra US$ 3,6 bilhões no mesmo período do ano passado, aumento de 108%", diz a nota do instituto. "Mesmo separando o setor de metalurgia, segmento que abriga uma operação volumosa da Arcelor em junho, a evolução teria sido de 55,8%, um índice muito elevado", disse o analista da consultoria Tendências Leonardo Miceli .
O balanço de pagamentos do primeiro semestre deste ano, superavitário em US$ 61,6 bilhões, já alcançou o dobro do resultado alcançado em todo o ano passado. Em junho, o superávit foi de US$ 10,7 bilhões. A conta financeira foi superavitária em US$ 11 bilhões em junho e em US$ 59,5 bilhões no primeiro semestre do ano. As transações correntes tiveram superávit de US$ 494 milhões em junho e de US$ 4,3 bilhões no primeiro semestre.
0 Comentários:
Postar um comentário
Meus queridos e minhas queridas leitoras
Não publicamos comentários anônimos
Obrigada pela colaboração