Lula manda auxiliares prepararem plano urgente para abertura de capital da estatal
O Presidente Lula determinou ao pessoal que efetivamente toca a máquina que execute o mais rapidamente possível o projeto de abertura de capital da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), estatal que administra a maioria dos aeroportos no país. Vetada no primeiro mandato, a medida visa garantir mais recursos para a empresa, que seriam investidos em novas obras de infra-estrutura no setor aéreo.
O assunto dominou uma reunião de quatro horas, encerrada na noite da segunda-feira. Nela, Lula recomendou empenho aos ministros da Casa Civil, Dilma Rousseff, do Planejamento, Paulo Bernardo, da Fazenda, Guido Mantega, e de Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia. Ficou acertado que entre 20% e 25% do capital da Infraero serão vendidos ao mercado. Dessa forma, o controle acionário seria mantido nas mãos do governo.
O Palácio do Planalto espera, com a medida, levantar cerca de R$ 2 bilhões para novos investimentos da Infraero. Mesmo que somados aos R$ 3 bilhões previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para os aeroportos até 2010, os recursos serão insuficientes para solucionar os gargalos do setor. O ministro Paulo Bernardo, por exemplo, já disse que só para ampliar a malha atual são necessários R$ 10 bilhões a R$ 12 bilhões em cinco anos.
Caberá ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desenhar o projeto de abertura de capital da Infraero. O governo quer tirá-lo do papel em seis meses. Segundo um ministro que participou da reunião, é preciso aproveitar o bom momento da economia mundial para levantar recursos. “A Infraero tem um potencial gigantesco para alavancar investimentos”, diz o ministro. “Este ano, 40 empresas abriram capital. Está jorrando dólar do exterior no Brasil.”
Dados divulgados nesta semana pelo Banco Central reforçam o discurso otimista. Destaque para o investimento estrangeiro direto, que chegou a US$ 10,3 bi em junho, pouco menos do total verificado em todo o ano passado – US$ 10,5 bi. Se a abertura de capital sair do papel, é certo que o comando da Infraero passará para as mãos de um profissional de mercado, em nome da chamada governança corporativa.
Hoje, a estatal é presidida pelo brigadeiro José Carlos Pereira, ameaçado de demissão, assim como o chefe imediato dele, o ministro da Defesa, Waldir Pires. Os dois também participaram da reunião. “Todo mundo está interessado na abertura do capital da Infraero”, afirma um auxiliar palaciano do presidente. Em 2004, Lula vetou a iniciativa, que previa a negociação de até 49% da empresa. Disse que soaria como privatização. Agradou aos militares, para quem a medida poderia arranhar a soberania nacional.
O então ministro da Defesa, o vice José Alencar, foi vencido na ocasião. Defendia a proposta de venda de até 49% das ações da Infraero, além da possibilidade de uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na compra dos papéis.
O Presidente Lula determinou ao pessoal que efetivamente toca a máquina que execute o mais rapidamente possível o projeto de abertura de capital da Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero), estatal que administra a maioria dos aeroportos no país. Vetada no primeiro mandato, a medida visa garantir mais recursos para a empresa, que seriam investidos em novas obras de infra-estrutura no setor aéreo.
O assunto dominou uma reunião de quatro horas, encerrada na noite da segunda-feira. Nela, Lula recomendou empenho aos ministros da Casa Civil, Dilma Rousseff, do Planejamento, Paulo Bernardo, da Fazenda, Guido Mantega, e de Relações Institucionais, Walfrido dos Mares Guia. Ficou acertado que entre 20% e 25% do capital da Infraero serão vendidos ao mercado. Dessa forma, o controle acionário seria mantido nas mãos do governo.
O Palácio do Planalto espera, com a medida, levantar cerca de R$ 2 bilhões para novos investimentos da Infraero. Mesmo que somados aos R$ 3 bilhões previstos no Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para os aeroportos até 2010, os recursos serão insuficientes para solucionar os gargalos do setor. O ministro Paulo Bernardo, por exemplo, já disse que só para ampliar a malha atual são necessários R$ 10 bilhões a R$ 12 bilhões em cinco anos.
Caberá ao Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) desenhar o projeto de abertura de capital da Infraero. O governo quer tirá-lo do papel em seis meses. Segundo um ministro que participou da reunião, é preciso aproveitar o bom momento da economia mundial para levantar recursos. “A Infraero tem um potencial gigantesco para alavancar investimentos”, diz o ministro. “Este ano, 40 empresas abriram capital. Está jorrando dólar do exterior no Brasil.”
Dados divulgados nesta semana pelo Banco Central reforçam o discurso otimista. Destaque para o investimento estrangeiro direto, que chegou a US$ 10,3 bi em junho, pouco menos do total verificado em todo o ano passado – US$ 10,5 bi. Se a abertura de capital sair do papel, é certo que o comando da Infraero passará para as mãos de um profissional de mercado, em nome da chamada governança corporativa.
Hoje, a estatal é presidida pelo brigadeiro José Carlos Pereira, ameaçado de demissão, assim como o chefe imediato dele, o ministro da Defesa, Waldir Pires. Os dois também participaram da reunião. “Todo mundo está interessado na abertura do capital da Infraero”, afirma um auxiliar palaciano do presidente. Em 2004, Lula vetou a iniciativa, que previa a negociação de até 49% da empresa. Disse que soaria como privatização. Agradou aos militares, para quem a medida poderia arranhar a soberania nacional.
O então ministro da Defesa, o vice José Alencar, foi vencido na ocasião. Defendia a proposta de venda de até 49% das ações da Infraero, além da possibilidade de uso do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na compra dos papéis.
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