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segunda-feira, 30 de julho de 2007

Brasil será credor externo líquido até 2009, afirma Deutsche Bank

O Deutsche Bank prevê que o Brasil será credor externo líquido por volta de 2009, após décadas em que o endividamento externo era um risco para a estabilidade econômica do país. A análise foi divulgada na sexta-feira. O autor da avaliação, o analista de riscos para América Latina, Markus Jaeger, sediado em Nova York, insistiu que o aumento da volatilidade no mercado global não alterava a perspectiva para o setor externo brasileiro.

O banco alemão aposta que, mesmo se o fluxo de capitais cair, o país se tornará credor líquido até 2009 - ""ou logo depois"", como disse Jaeger, atenuando ligeiramente seu texto. O Deutsche Bank destaca a reviravolta no Brasil, de quase ""default"" durante a crise financeira e econômica de 2002, para ""melhora dramática"" nos últimos cinco anos governado pelo Presidente Lula.

Nesse cenário, calcula que a economia como um todo se tornará credora externa líquida em 2008-2009, no rastro da acumulação de reservas internacionais. Nota que as reservas oficiais alcançam US$ 152 bilhões no momento, comparado a endividamento externo bruto de US$ 184 bilhões ou 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB). O banco nota que a dívida externa bruta atualmente representa uma ""moderada"" taxa de 16,7% do PIB e o endividamento total externo do setor público é de ""meros"" 5.7% - ou seja, o endividamento externo deixou de ser fator de vulnerabilidade.

"A melhora na posição externa líquida do Brasil será impulsionada por seu excedente nas contas correntes e crescimento acima do esperado no fluxo líquido de investimentos externos", acredita Jaeger. ""A recente volatilidade no mercado financeiro global não altera fundamentalmente a dinâmica da conta corrente e dos investimentos. Mesmo que haja declínio no fluxo de capitais, o Brasil pode alcançar o status de credor externo liquido até 2009 ou logo depois"", acrescenta.

Os temores de contágio da crise dos mercados imobiliários de risco (suprime mortgage) nos EUA ao conjunto do setor financeiro são vistos como desproporcionais, mas uma forte correção é possível, avaliam analistas.

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