O Ministério Público Estadual em Mato Grosso ofereceu denúncia contra o prefeito de Sinop, Nilson Aparecido Leitão (PSDB-MT), o dono da construtora Gautama, Zuleido Veras, e outras 12 pessoas por irregularidades na construção da rede de esgoto do município.
Segundo a promotora Laís Glauce Antonio dos Santos, eles são acusados de superfaturamento da obra, direcionamento da licitação e improbidade administrativa. Se a Justiça acatar a denúncia, vão ter de pagar R$ 20 milhões aos cobres públicos.
O prefeito de Sinop foi preso durante a Operação Navalha, da Polícia Federal, que desmontou um esquema de fraudes em licitações para a realização de obras públicas. Veras teria assinado com Leitão um contrato de R$ 48 milhões para a rede de esgoto local.
Segundo as investigações da PF, o dono da Gautama pagou R$ 200 mil de propina a Leitão para obter a obra. O prefeito nega.
A suposta máfia das obras foi desarticulada pela Operação Navalha, da Polícia Federal. As escutas feitas pela PF acabaram derrubando o ex-ministro Silas Rondeau (Minas e Energia), suspeito de receber propina da construtora Gautama. O dono da empresa, Zuleido Veras, é acusado de liderar o esquema de pagamento de propinas para autoridades públicas.
A operação chegou a prender 48 pessoas. Entre os detidos estavam o deputado distrital Pedro Passos (PMDB); o ex-governador do Maranhão José Reinaldo Tavares (PSB); o filho do ex-governador João Alves Filho (DEM-SE), João Alves Neto; dois sobrinhos do governador Jackson Lago (PDT-MA) - Alexandre de Maia Lago e Francisco de Paula Lima Júnior -; além dos prefeitos de Sinop, Nilson Leitão, e de Camaçari, Luiz Carlos Caetano (PT-BA).
A quadrilha atuava no Distrito Federal e em nove Estados - Alagoas, Bahia, Goiás, Mato Grosso, Sergipe, Pernambuco, Piauí, Maranhão e São Paulo - infiltrada nos governo federal, estadual e municipal.
Segundo a PF, a quadrilha desviou recursos do Ministério de Minas e Energia, da Integração Nacional, das Cidades, do Planejamento, e do Departamento Nacional de Infra-Estrutura de Transportes (Dnit). Para obter vantagem nas licitações para obras públicas, a empresa pagava propina e dava presentes para as autoridades envolvidas.
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