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terça-feira, 12 de junho de 2007

Chamem a Veja: Frei Chico liga para Vavá


A atração político-policial no "JN" foi a gravação de Vavá, de novo, mas agora com a identificação de que saiu "da casa de Frei Chico. A manchete“Descoberta origem de telefonema para irmão de Lula” . Em seguida a notícia: “Está identificada a origem do telefonema em que um suposto emissário da presidência convoca Genival Inácio da Silva, o Vavá, irmão do Presidente Lula, para ir à Brasília. A ligação partiu da casa de outro irmão do Presidente, José Ferreira da Silva, o Frei Chico”. E notem que diálogo "comprometedor"!.....

O Lula quer que você vá lá ouvir uma coisa.

Vavá: Hein?

Vai conversar com ele à noite.

Ahã.

Tá? Ele quer conversar na casa dele, tranqüilo, ta? Então vamos pensar um dia aí.

Tá. Mas eu vou de tarde e vou voltar. Não vou ficar lá não.

Não identificado: Eu quero saber, Vavá, porque tem umas broncas lá que você anda apresentando uma pessoa lá no ministério.

Vavá: Eu?

Não identificado: Vavá, depois nós conversa, tá?

E dai? E dai, é o que quer saber Hélio Borba leitor deste blog. E ele diz “Estou preocupado porque o irmão do Presidente Lula ligou para o outro irmão do Presidente Lula para dar um aviso que ele estava agindo errado, é crime ligar para irmão”? . É difícil agüentar a imprensa golpista. Na verdade minha preocupação é que ontem eu liguei para minha irmã no telefone da casa dela. É “mole” ?
As transcrições dão o tom de uma conversa entre irmãos, onde Lula pretenderia dar um puxão de orelha no irmão mais velho por conta de traquinagens que a Polícia Federal classificou de tráfico de influência e exploração de prestígio.Agora, a PF acha que para as investigações o papel de Frei Chico não tem relevância,para elucidar as suspeitas de lobby.

Militante do Partido Comunista Brasileiro (PCB), ativista político preso e torturado durante a ditadura militar, Frei Chico é o irmão que mais influiu na trajetória do Lula que se transformaria no primeiro Presidente da República originário das classes pobres. Foi Frei Chico que "empurrou" Lula para a diretoria do Sindicato de São Bernardo do Campo e mais tarde para o movimento sindical. No livro De Luiz Inácio a Lula - O Filho do Brasil, a jornalista Denise Paraná conta que só depois de ver o irmão profundamente machucado pelas torturas numa delegacia paulistana é que Lula, até então um pacato dirigente e alienado politicamente, radicalizaria o movimento que desembocou nas greves que desafiaram o regime na década de 70.

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