O Sumo Pontífice Católico determinou a seus seguidores dizer “não” aos meios de comunicação que “ridicularizam a santidade do matrimônio e a virgindade antes do casamento”.
Procurado, o representante da Associação de Emissoras disse o seguinte: “xxxxxxx”. Não foi diferente a opinião do presidente da Federação de Jornais, que afirmou: “xxxxxxxx”.
O editor da “Revista XXX” também se manifestou em relação à ordem do líder católico, mostrando surpresa e certa indignação: “xxxxxxx”.
Representantes do clero católico, no entanto, reiteram que as palavras do Papa tem efeito de ordem aos fiéis, e devem ser seguidas por todos aqueles que são efetivamente católicos.
* * *
Calma, essa reportagem não existiu! Nem existirá…
Mas o correto seria algo mais ou menos assim, diante do que o Papa falou, sobretudo num país que de uns tempos para cá preza tanto a liberdade de imprensa.
A turma do UOL, porém, preferiu fazer apenas isso. Olha que beleza essa da Folha de hoje para assinante...:"Papa ataca mídia, seitas e divórcio"
Não se viu protesto algum, de nenhum articulista ou jornalista, qualquer que fosse a manifestação e/ou artigo contra esse movimento de boicote.
Nada.
* * *
Recentemente, um diretor da MTV disse que o boicote orquestrado contra a emissora, em razão do episódio do “Youtube”, que envolvia Daniela Cicarelli, era um ato de “censura”.
Não. Boicote não é censura. Trata-se de um movimento legítimo, pacífico, dentro do Estado Democrático de Direito, e que respeita as regras do jogo.
O Papa, de fato, não cometeu crime algum. Apenas determinou (Papa não aconselha nem dá dica, ele DETERMINA, porque é o Papa, ok?) a seus fiéis que boicotassem meios de comunicação não alinhados aos itens citados (casamento, virgindade etc).
Mas não há protesto algum por parte da imprensa. Nada, nada, nada. Todo mundo na miúda, fingindo que foi só um ato-falho, ou talvez um exagerinho pouco importante.
* * *
Mas por que ninguém falou nada diante da “fatwa” do Papa contra emissoras, revistas e jornais? Por dois motivos bem simples:
a) ninguém quer se indispor com o povão justo na época da visita de Bento XVI. Meios de comunicação, talvez por falta de notícia, fazem desse “tour” uma espécie de Copa do Mundo, com cobertura especial enaltecedora, tal e coisa;
b) todos que realmente conhecem nosso povo sabem que aqui muito pouca gente é “realmente católica”. O “maior país católico do mundo” é também o “maior país de católicos não-praticantes do mundo”, mas essa segunda estatística fica de lado. Resumindo: quase todos nem ligam para o que Papa fala ou deixa de falar.
* * *
Ainda assim, mesmo considerando a razão “a” comercial e a “b” lógica, não é admissível que os meios de comunicação fiquem quietinhos, fingindo que o Sumo Pontífice Católico não tivesse dado uma ordem a todos os seus seguidores.
Alguém aqui já imaginou se o presidente de um partido político pedisse a todos seus filiados/simpatizantes/eleitores que dissessem “não” a emissoras e revistas por alguma razão ideológica?
A reação dos veículos de comunicação seria esse mesmo “silêncio obsequioso”?
Duvido.
Procurado, o representante da Associação de Emissoras disse o seguinte: “xxxxxxx”. Não foi diferente a opinião do presidente da Federação de Jornais, que afirmou: “xxxxxxxx”.
O editor da “Revista XXX” também se manifestou em relação à ordem do líder católico, mostrando surpresa e certa indignação: “xxxxxxx”.
Representantes do clero católico, no entanto, reiteram que as palavras do Papa tem efeito de ordem aos fiéis, e devem ser seguidas por todos aqueles que são efetivamente católicos.
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Calma, essa reportagem não existiu! Nem existirá…
Mas o correto seria algo mais ou menos assim, diante do que o Papa falou, sobretudo num país que de uns tempos para cá preza tanto a liberdade de imprensa.
A turma do UOL, porém, preferiu fazer apenas isso. Olha que beleza essa da Folha de hoje para assinante...:"Papa ataca mídia, seitas e divórcio"
Não se viu protesto algum, de nenhum articulista ou jornalista, qualquer que fosse a manifestação e/ou artigo contra esse movimento de boicote.
Nada.
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Recentemente, um diretor da MTV disse que o boicote orquestrado contra a emissora, em razão do episódio do “Youtube”, que envolvia Daniela Cicarelli, era um ato de “censura”.
Não. Boicote não é censura. Trata-se de um movimento legítimo, pacífico, dentro do Estado Democrático de Direito, e que respeita as regras do jogo.
O Papa, de fato, não cometeu crime algum. Apenas determinou (Papa não aconselha nem dá dica, ele DETERMINA, porque é o Papa, ok?) a seus fiéis que boicotassem meios de comunicação não alinhados aos itens citados (casamento, virgindade etc).
Mas não há protesto algum por parte da imprensa. Nada, nada, nada. Todo mundo na miúda, fingindo que foi só um ato-falho, ou talvez um exagerinho pouco importante.
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Mas por que ninguém falou nada diante da “fatwa” do Papa contra emissoras, revistas e jornais? Por dois motivos bem simples:
a) ninguém quer se indispor com o povão justo na época da visita de Bento XVI. Meios de comunicação, talvez por falta de notícia, fazem desse “tour” uma espécie de Copa do Mundo, com cobertura especial enaltecedora, tal e coisa;
b) todos que realmente conhecem nosso povo sabem que aqui muito pouca gente é “realmente católica”. O “maior país católico do mundo” é também o “maior país de católicos não-praticantes do mundo”, mas essa segunda estatística fica de lado. Resumindo: quase todos nem ligam para o que Papa fala ou deixa de falar.
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Ainda assim, mesmo considerando a razão “a” comercial e a “b” lógica, não é admissível que os meios de comunicação fiquem quietinhos, fingindo que o Sumo Pontífice Católico não tivesse dado uma ordem a todos os seus seguidores.
Alguém aqui já imaginou se o presidente de um partido político pedisse a todos seus filiados/simpatizantes/eleitores que dissessem “não” a emissoras e revistas por alguma razão ideológica?
A reação dos veículos de comunicação seria esse mesmo “silêncio obsequioso”?
Duvido.
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