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O pedido de abertura de uma investigação, feito pela oposição aos tucanos na Casa, em março de 2006, mostrando que investimentos publicitários da Nossa Caixa tinham sido dirigidos a publicações e programas de TV ligados a deputados da base aliada do então governador. Geraldo Alckmin barrou a instalação, mas o caso derrubou Roger Ferreira, então secretário de Comunicação, que coordenava a estratégia de marketing das estatais.
Conforme mostrou a Folha no sábado passado, Ferreira voltou este mês ao governo paulista, sob o comando de José Serra (PSDB), por meio de sua empresa de comunicação, contratada sem licitação para atuar na pasta da Educação. "É mais um ingrediente que nos leva a pedir a instalação imediata da investigação. Ele foi afastado, mas ganhou como prêmio um contrato com o governo", disse o líder do PT na Assembléia, Simão Pedro.
Presidente sob suspeita
A decisão do órgão especial do TJ ainda não foi publicada no "Diário Oficial". Só depois disso, o PSDB pode recorrer da decisão do órgão especial. "Determinação da Justiça não se discute, mas vou aguardar a publicação do acórdão, que deve ocorrer nesta semana. Todavia, adianto que vamos recorrer, porque em Brasília há farta jurisprudência à tese de que as CPIs da legislatura anterior perderam a validade ", disse o tucano Vaz de Lima.
O presidente Vaz de Lima é um dos acusados de ter sido beneficiado pelos recursos. Ele nega que irá conduzir o caso com base no regimento da Casa e na Constituição, e diz, que vai conduzir sem viés político ou qualquer benefício pessoal. Com a decisão, o PT se movimenta para escolher seus integrantes para a CPI -que pode ter de 7 a 9 membros. "O fato ainda está aí e precisa ser investigado", disse Simão Pedro. Desde 2003, os deputados não-alinhados a Alckmin e ao PSDB tentam aprovar a instalação de uma CPI. Em outubro do ano passado, sem conseguir a aprovação da maioria do colégio de líderes, a oposição recorreu ao STF (Supremo Tribunal Federal), que decidiu favoravelmente ao PT.
O ex-presidente da Casa Rodrigo Garcia (DEM, ex-PFL) chegou a instalar duas comissões, mas deixou fora o pedido de investigação na Nossa Caixa. Se aprovada, a CPI da Nossa Caixa será a terceira na Casa e a que atinge mais diretamente o governo Alckmin. As outras duas são sobre guerra fiscal e setor energético. Cinco CPIs podem funcionar simultaneamente na Assembléia. (Folha)
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