Além do Produto Interno Bruto (PIB), a renda dos brasileiros vem sendo subestimada. E a queda da desigualdade social também. O Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) calcula que R$ 219 bilhões não constam da pesquisa de referência para medir a renda do país, a Pesquisa Nacional por Amostragem de Domicílios (Pnad) - que serve de base para medir a concentração de riquezas. A inclusão de novas fontes de renda pelas contas do Ipea mostra que a diferença entre ricos e pobres é cerca de 16% menor que a conhecida.
Ricardo Paes de Barros, Gabriel Ulyssea e Samir Cury simularam o impacto dos gastos do governo sobre a redução da concentração de renda com o objetivo de responder se a desigualdade de renda no Brasil está subestimada. Os pesquisadores transformaram em renda serviços como educação e saúde recebidos pelas famílias. Também entraram nesta conta apólices de seguro e FGTS. O resultado foi uma renda cerca de 24% a 32% maior que a da Pnad, dependendo do valor dos gastos públicos. Com este exercício, os pesquisadores do Ipea concluíram que o índice de Gini, usado para calcular concentração de renda, está de fato sobrestimado.
Quanto mais próxima de zero, mais distribuída está a renda. Pela metodologia que inclui os gastos do governo para medir a renda, concluíram que o coeficiente de Gini cai de 0,583 para 0,503, dependendo da distribuição dos serviços prestados pelo governo. Algumas pessoas tiraram o crédito da recente diminuição da desigualdade, dizendo que houve concentração porque a renda do capital aumentou e, então, decidi provar essa tese e vimos que não é verdade, a queda da desigualdade não está subestimada - conta Gabriel Ulyssea, um dos autores do estudo.
No caso dos mais pobres, a diferença é ainda maior porque os benefícios excluídos na contagem da Pnad têm mais importância no orçamento destes. "O grau de subestimação da renda entre os 10% mais pobres é muito maior do que em outras classes de renda ", assinala o estudo, referindo-se à diferença entre a renda da Pnad e de outras pesquisas do IBGE.
A renda das famílias medida pela Pnad não inclui décimo terceiro, seguro-desemprego, vale-transporte, auxílio-refeição, trocas, doações, férias nem gastos do governo com prestação de serviços públicos, entre outros componentes da renda de ativos e transferências. O resultado é uma renda total 26% menor do que a estimada pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), segundo cálculo do Ipea. Os autores fizeram a mesma comparação com o Sistema de Contas Nacionais. Neste caso, a renda é 27% maior que a da Pnad.
A maior diferença entre a Pnad e a POF está no cálculo da renda do trabalho, por causa dos chamados benefícios não-monetários, entre eles o recebimento de hora extra. A renda de ativos, com mais impacto sobre a renda dos mais ricos, não pesa tanto no impacto geral. Aluguéis e juros ganhos pelas famílias também não aparecem na Pnad com tanta ênfase como na POF.
Ricardo Paes de Barros, Gabriel Ulyssea e Samir Cury simularam o impacto dos gastos do governo sobre a redução da concentração de renda com o objetivo de responder se a desigualdade de renda no Brasil está subestimada. Os pesquisadores transformaram em renda serviços como educação e saúde recebidos pelas famílias. Também entraram nesta conta apólices de seguro e FGTS. O resultado foi uma renda cerca de 24% a 32% maior que a da Pnad, dependendo do valor dos gastos públicos. Com este exercício, os pesquisadores do Ipea concluíram que o índice de Gini, usado para calcular concentração de renda, está de fato sobrestimado.
Quanto mais próxima de zero, mais distribuída está a renda. Pela metodologia que inclui os gastos do governo para medir a renda, concluíram que o coeficiente de Gini cai de 0,583 para 0,503, dependendo da distribuição dos serviços prestados pelo governo. Algumas pessoas tiraram o crédito da recente diminuição da desigualdade, dizendo que houve concentração porque a renda do capital aumentou e, então, decidi provar essa tese e vimos que não é verdade, a queda da desigualdade não está subestimada - conta Gabriel Ulyssea, um dos autores do estudo.
No caso dos mais pobres, a diferença é ainda maior porque os benefícios excluídos na contagem da Pnad têm mais importância no orçamento destes. "O grau de subestimação da renda entre os 10% mais pobres é muito maior do que em outras classes de renda ", assinala o estudo, referindo-se à diferença entre a renda da Pnad e de outras pesquisas do IBGE.
A renda das famílias medida pela Pnad não inclui décimo terceiro, seguro-desemprego, vale-transporte, auxílio-refeição, trocas, doações, férias nem gastos do governo com prestação de serviços públicos, entre outros componentes da renda de ativos e transferências. O resultado é uma renda total 26% menor do que a estimada pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), segundo cálculo do Ipea. Os autores fizeram a mesma comparação com o Sistema de Contas Nacionais. Neste caso, a renda é 27% maior que a da Pnad.
A maior diferença entre a Pnad e a POF está no cálculo da renda do trabalho, por causa dos chamados benefícios não-monetários, entre eles o recebimento de hora extra. A renda de ativos, com mais impacto sobre a renda dos mais ricos, não pesa tanto no impacto geral. Aluguéis e juros ganhos pelas famílias também não aparecem na Pnad com tanta ênfase como na POF.
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