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quinta-feira, 29 de março de 2007

MP investiga morte do prefeito petista de Monte Alto

O Ministério Público investiga a ligação entre um vereador e um empresário presos ontem na quarta-feira (28) por suspeita de corrupção e a morte do prefeito da Monte Alto. Gilberto Morgado (PT) morreu em junho do ano passado ao cair do 23º de um hotel em São Paulo.A prisão de vereador e empresário suspeitos de corrupção chamou a atenção da Promotoria. O vereador Roberto Benedito Alonso (PSDB) foi preso no almoxarifado da Prefeitura de Monte Alto. A polícia também prendeu o gerente de uma empresa de ônibus, Nivaldo Marques da Silva. O mandado de prisão foi expedido pela Justiça da cidade.

Um inquérito do MP vê indícios de que o vereador e o empresário montaram um esquema de superfaturamento para o serviço de ônibus e transporte de alunos. O vereador, que também é diretor de transporte da prefeitura, teve o telefone grampeado. “Nos telefonemas, eles falam em valores altos, como R$ 5 mil e R$ 100 mil”, disse o promotor Gilberto Porto Camargo. Também chamou a atenção da Promotoria a diferença nos valores das notas, que seriam superfaturadas. Em maio de 2005, a prefeitura pagou à empresa de ônibus pouco mais de R$ 8 mil. Dois meses depois, o valor chegou a quase R$ 150 mil. “Isso é uma prova evidente de que houve superfaturamento do transporte contratado pela empresa, o que mostra fraude, corrupção e desvio de verbas”, afirmou o promotor.

A denúncia de corrupção foi feita ao MP pelo então prefeito Gilberto Morgado (PT) em novembro de 2005. Sete meses depois, ele morreu ao cair do 23º andar de um hotel em SP. O Ministério Público não acredita que o prefeito petista tenha caido do 23º andar do hotel e acha que tem ligação entre a morte do prefeito e a denúncia. “Temos informações anônimas de que ele foi assassinado em decorrência dessa investigação. Isso será objeto de profunda apuração e, havendo um mínimo indício, vamos reabrir o caso”, disse o promotor Gilberto Camargo. O vereador do PSDB e o empresário estão presos na cadeia de Guariba. Os advogados dos dois acusados entraram nesta quinta-feira (29) com um pedido de hábeas corpus no Tribunal de Justiça, em São Paulo.

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