Disquetes amarelos, bobinas, documentos, chaves e caixas de urnas e outros materiais usados em eleições foram encontrados queimados, ontem pela manhã, num terreno baldio, no bairro da Serraria, na periferia de Maceió. O local onde foi feita a queima dos objetos fica próximo ao galpão alugado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE) de Alagoas, usado por uma firma terceirizada para programar as urnas eletrônicas do pleito de 2006 no Estado. De acordo com testemunhas, que são moradores próximos ao depósito arrendado pelo TRE, as peças foram queimadas por funcionários do órgão, que, no fim de janeiro, também puseram fogo em caixas de urnas eletrônicas, alegando a presença de cupins. Uma equipe composta por três peritos da Polícia Federal (PF) de Alagoas esteve à tarde no local para recolher vestígios do que foi incendiado. Segundo eles, só o laudo pericial poderá apontar, dentro de dez dias, se houve queima de arquivo importante ou não. O trabalho dos peritos da PF foi acompanhado por técnicos do Tribunal Regional, a pedido do diretor-geral da Corte, coronel José Ramalho. De acordo com o técnico Neilson Souza, o trabalho dos policiais é importante para dirimir todas as dúvidas sobre o material queimado.
O presidente do Tribunal Eleitoral, desembargador Fernando Tourinho, não se manifestou sobre o caso. Advogados do ex-deputado João Lyra (PTB-AL), candidato derrotado a governador em 2006, querem a total apuração do caso. Eles desconfiam que a queima do material possa ter relação com a denúncia de fraude eleitoral. No fim de 2006, o advogado de Lyra e ex-ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Fernando Neves, entrou com uma representação no TRE alagoano pedindo a anulação da eleição para governador, alegando fraude em parte das urnas eletrônicas.
No dia 22, o TSE informou que pediu uma auditoria- para a Unicamp, dirigida por tucanos- para esclarecer a acusação de adulteração nas urnas. O governador Teotônio Vilela Filho (PSDB) divulgou uma nota, no início da semana, dizendo que apóia a investigação, desde que seja feita pelo Tribunal Superior. O presidente do TSE, ministro Marco Aurélio de Mello disse que vai aguardar o final das investigações, mas considera quase impossível a manipulação de urnas eletrônicas. Ele disse recentemente que confia na segurança do sistema.
1 Comentários:
Em Saquarema-RJ aconteceu um fato muito estranho. Antes das eleições era só andar pelas ruas e perguntar em quem o eleitor iria votar que a resposta era unânime: Pedro Ricardo, candidato da oposição. Pois bem, o rapaz perdeu em todas, eu disse todas as 173 urnas da cidade. Perdeu e perdeu de muito. O mais estranho é que hoje, um mês após as eleições, você vai às ruas e os eleitores continuam unânimes em dizer que votaram em Pedro Ricardo. Seria muito mais cômodo pro eleitor dizer que votou na candidata vitoriosa. Mas não, o eleitor bate o pé afirmando que votou no outro. Curiosamente, é difícil encontrar alguém que confirme que votou na candidata vencedora, que coincidentemente é a esposa do deputado estadual Paulo Melo, presidente da ALERJ. Existem vários relatos da internet e inclusive vídeos no YOUTUBE atestando a vulnerabilidade das urnas eleitorais. Está lá pra quem quiser assistir. O fato é que esse triunvirato: Cabral, Zveiter e Paulo Melo atenta contra a democracia. Todos os poderes encontram-se de um lado só da balança, prejudicando a alternância do poder, principal filosofia da democracia. O fato é que não adianta espernear, pois o TSE, por mais que existam evidências que comprovem, jamais irá admitir fraudes em suas 'caixas pretas'. O ideal seria que a urna eletrônica emitisse, também, um cupom onde mostrasse em quem o eleitor votou. E que esse cupom fosse colocado numa urna tradicional ao lado dos mesários, para fins de comprovação posterior. Uma coisa é certa: nenhum outro país no mundo, depois de examinar, quis comprar nosso ‘avançadíssimo, rápido e moderno' método de escrutínio, nem o Paraguai.
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