A imprensa brasileira às vezes dá sinais claros de que chegou ao bom e velho fundo do poço. São notinhas evidentemente plantadas, são colunistas nitidamente pagos por uns e outros, são notícias que desaparecem e outras que sempre reaparecem, e assim por diante.
Sessões de cartas são ocupadas por missivas de “celebridades” e também por jornalistas que “rebatem” as contestações alegando “manter o conteúdo da matéria”. Editoriais elogiando políticos por sua modernidade, e nenhum editorial - da mesma publicação - pelo menos relembrando desse mesmo político quando surge uma lambança.
E a coisa parece feia para todos os lados, não é? A imprensa cultural, via de regra, é uma grande porcaria. A econômica, também. E a de esportes, a política etc. Parece que fizeram, por pura gozação, uma troca de cadeiras. O economista fala sobre futebol, o esportista fala sobre política, o político fala de música e o artista fala de economia.
Ou todos falam de tudo, mas ninguém entende de nada.
É triste quando pegamos um jornal e a parte menos idiota é o horóscopo (depois do obituário e dos classificados, evidentemente). Essa é a hora exata em que temos certeza de que chegamos finalmente ao fundo do poço; aquele ao qual me referi no começo deste texto.
Mas então vem o carnaval.
Alalaô, mas que calor, cabelos que não negam, cabeleiras, jardineiras, axés, danças diversas, alegorias, adereços, enredos estapafúrdios e muitos ‘famosos’ dando as caras.
Não sou contra o carnaval, nem faço a famosa oposição sistemática à festa. Ao contrário, acho sinceramente bacana as pessoas comemorem e façam festa; embora, intimamente, eu não tenha a menor simpatia pelos festejos de nosso querido Momo.
Falei do carnaval porque é nesse momento em que a imprensa se supera. É aí que ela vai além de todos os limites, supera sua própria idiotice - mesmo a estupidez contumaz de quando resolve “cobrir algum escândalo” ou a passionalidade populista de quando trata de algum “crime que chocou a nação”.
Quando chega o carnaval, parece que a mídia perde os critérios e as estribeiras. Mas está quase todo mundo meio “de fogo”, não é? Então ninguém percebe quão idiotas são quase todas coberturas, análises e quejandos.
O Brasil é um país que merece tudo que tem. E a imprensa está incluída no pacote.- Imprensa Marrom-
Sessões de cartas são ocupadas por missivas de “celebridades” e também por jornalistas que “rebatem” as contestações alegando “manter o conteúdo da matéria”. Editoriais elogiando políticos por sua modernidade, e nenhum editorial - da mesma publicação - pelo menos relembrando desse mesmo político quando surge uma lambança.
E a coisa parece feia para todos os lados, não é? A imprensa cultural, via de regra, é uma grande porcaria. A econômica, também. E a de esportes, a política etc. Parece que fizeram, por pura gozação, uma troca de cadeiras. O economista fala sobre futebol, o esportista fala sobre política, o político fala de música e o artista fala de economia.
Ou todos falam de tudo, mas ninguém entende de nada.
É triste quando pegamos um jornal e a parte menos idiota é o horóscopo (depois do obituário e dos classificados, evidentemente). Essa é a hora exata em que temos certeza de que chegamos finalmente ao fundo do poço; aquele ao qual me referi no começo deste texto.
Mas então vem o carnaval.
Alalaô, mas que calor, cabelos que não negam, cabeleiras, jardineiras, axés, danças diversas, alegorias, adereços, enredos estapafúrdios e muitos ‘famosos’ dando as caras.
Não sou contra o carnaval, nem faço a famosa oposição sistemática à festa. Ao contrário, acho sinceramente bacana as pessoas comemorem e façam festa; embora, intimamente, eu não tenha a menor simpatia pelos festejos de nosso querido Momo.
Falei do carnaval porque é nesse momento em que a imprensa se supera. É aí que ela vai além de todos os limites, supera sua própria idiotice - mesmo a estupidez contumaz de quando resolve “cobrir algum escândalo” ou a passionalidade populista de quando trata de algum “crime que chocou a nação”.
Quando chega o carnaval, parece que a mídia perde os critérios e as estribeiras. Mas está quase todo mundo meio “de fogo”, não é? Então ninguém percebe quão idiotas são quase todas coberturas, análises e quejandos.
O Brasil é um país que merece tudo que tem. E a imprensa está incluída no pacote.- Imprensa Marrom-
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