Veio em boa hora o posicionamento categórico do Presidente Lula contra a redução da maioridade penal, "solução" que a mídia vem tentando impor à consciência nacional com a manipulação descarada da rede Globo, na tragédia ocorrida com o menino João Hélio:
O Presidente reafirmou que em acontecimentos como esse a sociedade e o Estado não podem agir “com vingança” e permitir que a emoção prevaleça sobre a razão na hora de punir. O Estado, disse Lula, precisa ser racional em momentos de dificuldades para criar mecanismos sólidos e evitar que episódios semelhantes voltem a acontecer. O presidente Lula admitiu que muitas vezes episódios brutais acontecem em função dos erros cometidos pelo próprio Estado, que deixa de cumprir com as funções de dar à juventude a atenção necessária para mudar o futuro de uma nação. O Presidente lembrou que fazem pelo menos duas décadas que a economia brasileira não cresce o suficiente para gerar empregos e fazer uma distribuição de renda mais justa.
“Então eu fico me perguntando se seria justo punir apenas quem cometeu a barbaridade e se esquecer de fazer a punição a quem é o culpado por esses jovens terem chegado a essa situação. Porque são milhões de jovens que moram mal, que foram desestimulados a parar de estudar, que não têm perspectiva de emprego. Então eu fico imaginando que se a gente aceitar a diminuição da idade para puni-los, para 16 anos, amanhã estarão pedindo para 15, depois para 9, e quem sabe algum dia queiram punir até o feto, se já soubermos o que vai acontecer no mundo”, disse o Presidente..
Ao participar da cerimônia de inauguração da nova Central de Atendimento da Atento (prestadora de serviços de atendimento do relacionamento entre as empresas e seus clientes), em São Paulo, o Presidente Lula voltou a falar de sua angústia com a morte brutal do menino João Hélio Vieites, no Rio de Janeiro. O Presidente reafirmou que em acontecimentos como esse a sociedade e o Estado não podem agir “com vingança” e permitir que a emoção prevaleça sobre a razão na hora de punir. O Estado, segundo Lula, precisa ser racional em momentos de dificuldades para criar mecanismos sólidos e evitar que episódios semelhantes voltem a acontecer.
Depois do assassinato do menor João Hélio, que estava envolvido um menor, o Congresso Nacional iniciou debate sobre a redução da maioridade penal, estabelecida hoje em 18 anos pela Constituição Federal.
Ao falar das oportunidades de o Brasil se tornar um país melhor, Lula lembrou que muitos dos jovens que hoje estão presos, na época do milagre brasileiro não tinham sequer nascido. “Eles são, na verdade, o resultado de um momento longo de quase 25 anos em que o Estado brasileiro não cumpriu com as suas funções para com a grande parte do seu povo”. E reiterou que o Brasil não é feito apenas de coisas ruins. “O Brasil tem muitas coisas extraordinárias e precisamos mostrá-las para que sirvam de incentivo às pessoas desesperançadas”, afirmou Lula.
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