O merchandise de Geraldo Alckmin na eleição de 2006 era:" Eu sei cuidar de gente, eu sou médico" Mas não é bem isso que vem acontecendo no burraco do Serra e Alckmin, nas obras do metrô. A Folha de São Paulo de hoje traz a informação de que Caio Sérgio Ribeiro, 49, gerente operacional da TransCooper, cooperativa de vans na qual trabalhavam o cobrador Wescley Adriano da Silva, 22, e o motorista Reinaldo Aparecido Leite, 40, acusa as autoridades de São Paulo de desprezarem a informação sobre o soterramento do microônibus com quatro pessoas, o que, para ele, reduziu as chances de encontrar sobreviventes.
Segundo Sérgio Ribeiro, logo após o acidente nas obras do Metrô, que ocorreu por volta das 15 horas de sexta-feira, ele procurou o secretário de Transportes Metropolitanos do Serra, José Luiz Portella, para informar sobre o desaparecimento do veículo.-"Ele me disse de maneira ríspida: "Você viu a van cair?" Eu disse que não tinha visto, mas que outras pessoas tinham. Só que não tinha como eu chamar o pessoal naquela hora para falar com ele."
O desprezo pela informação, ainda segundo Ribeiro, fez com que as buscas se concentrassem em outros pontos da cratera, como a rua Conselheiro Pinto, e não a rua Capri, por onde o microônibus estava passando no momento do acidente. Apenas na tarde de anteontem, quase 24 horas depois do acidente, três máquinas de escavação foram deslocadas para onde o veículo estaria. Em entrevistas no primeiro dia do desmoronamento, Portella de fato negou a possibilidade de vítimas do microônibus. Para ele, existia a suspeita de estar soterrado apenas o motorista de um dos caminhões da obra.
"Tem só o pessoal da cooperativa falando disso", afirmou o secretário, em referência ao microônibus.O coronel da Polícia Militar Isaú Segala negou a possibilidade do soterramento do microônibus. Chegou a dizer que o motorista e o cobrador da van estariam "tomando um lanchinho" e, por isso, não estavam atendendo ao rádio.José Serra (PSDB), disse que foi informado sobre o risco de vítimas logo após o acidente. Mas não especificamente sobre a van. Segundo ele, as autoridades souberam do veículo quando a cooperativa se manifestou.Serra foi informado sobre o microônibus por volta da meia-noite de sexta-feira, quando recebeu um telefonema de Portella. Da marginal Pinheiros.. Geraldo Alckmin o homem que sabe cuidar de gente ainda não se pronunciou sobre a obra, que vinha sendo feito a toque de caixa visando as próximas eleições. Serra, esteve ontem na sua cratera, usou máscara de proteção na vistória. Já há quem diga que, o números de vitímas pode ser bem maior que o anunciado pelo PSDB, já que muitos trabalhadores estavam na obra naquele momento. Será que ficaremos sabendo do números exato de vítimas algum dia? Até hoje não ficamos sabendo o número exato de mortes nos ataques do PCC. Não se esqueçam disso.
Helena
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