Difícil entender o que acontece no Rio. O secretário de Segurança, José Mariano Beltrame, manifestou desejo de pedir declaração de bens aos policiais civis e militares. Entende-se que seria maneira de conhecer como vivem financeiramente seus subordinados. A notícia foi recebida com indignação pela Adepol, presidida por Wladimir Reale. A razão é que a comparação da evolução financeira constitui ameaça e o caso poderá chegar à Justiça. Para assumirem essa posição, os policiais opinam que o começo da história está errado. Defendem novos níveis salariais. Com isso, o governo testaria o comportamento dos policiais e se sentiria à vontade para punir os que enriquecessem de maneira ilícita. Fazendo atalho, vê-se que a situação de cada um poderia ser estudada pelo jurídico da corporação em parceria com a Receita Federal. No resumo poder-se-ia justificar a revolta pelo nível salarial dos que defendem a segurança do Estado. Não é novidade que ganham pouco para o serviço que prestam. Vem daí, a oportunidade dos aproveitadores para se valerem de favores financeiros dos bandidos. “Faltou pão, faltou razão”, dizia o filósofo de Mondubim. O caminho é dar condições para exigir postura de vida. Só depois viria a punição.
Sigilo
Todo o país soube da chegada do contingente da Força Nacional de Segurança ao Rio. Jornais e estações de rádio e TV informam detalhes que mais servem aos bandidos do que ao povo. Defesa se fazendo em sigilo é caminho melhor. Na luta da insegurança, ganha quem for surpreendido, e os perseguidos no caso são informados de tudo pelo próprio governo carioca.
Helena
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