A decisão do deputado cassado Roberto Jefferson de retomar o comando do PTB tem causado grande constrangimento ao partido. Na convenção nacional realizada para formalizar a fusão com o PAN, Jefferson se articulou, elegeu uma Executiva com grupo estranho à bancada e aproveitou para estender seu mandato (do qual estava afastado) por três anos. Internamente, os petebistas se sentem traídos por Jefferson e o acusam de ter dado um golpe para continuar mandando na sigla com mãos de ferro e em rota contrária à maioria da bancada, que quer apoiar o governo Lula.
Um grupo comandado pelo líder do Governo no Congresso, senador Fernando Bezerra (PTB-RN), já avalia a possibilidade de tirar Jefferson da presidência do partido, com a alegação de que ele foi cassado e de que o estatuto do PTB exige que, para ser filiado, é preciso que a pessoa esteja em pleno gozo dos direitos políticos. O advogado do partido, Itapoan Messias, diz que esse questionamento não vale – Jefferson está inelegível para mandatos eletivos, mas o partido é uma pessoa jurídica de direito privado. “Se acham que foi golpe, ninguém me falou. Não houve questionamento, nem o lançamento de outra candidatura nos dois dias de convenção. Fui o candidato de consenso”, defende-se Roberto Jefferson.
Ele comanda o fundo partidário superior a R$ 500 mil por mês e tem influência em mais da metade da Executiva, o que causa grande desconforto no Planalto. “Eu quero o PTB, mas não pode ser presidido pelo Jefferson”, teria dito o presidente Lula a um petebista aliado.
Derrotado nas urnas, o petebista estaria conseguindo se manter no cargo criando um clima de medo ao tentar o tempo todo rememorar fatos supostamente ainda não revelados sobre o mensalão envolvendo petebistas. Mas ele nega qualquer tipo de chantagem.
Helena
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