A menos de um mês do encerramento, a CPI dos Sanguessugas caminha para final melancólico. Sem o fôlego do período pré-eleitoral, quando a oposição apostava nas investigações para atingir o Presidente Lula, a comissão está esvaziada. Até integrantes mais dedicados reconhecem: é pouco provável a produção de fato novo, além da lista de 71 parlamentares acusados de envolvimento com a venda superfaturada de ambulâncias. A participação do Executivo no esquema da Planam e a origem do dinheiro usado na tentativa de compra do dossiê , por exemplo, não serão esclarecidos. "Na medida em que PT e PSDB perderam o interesse eleitoral na comissão, a CPI dos Sanguessugas perdeu força.
O clima de fim de festa podia ser notado ontem no depoimento de "aloprados" envolvidos com a negociação do Dossiê Vedoin. Poucos parlamentares apareceram para interrogar Valdebran Padilha e Jorge Lorezentti. Nem mesmo o relator da comissão, senador Amir Lando (PMDB-RO), prestigiou os depoimentos. A oposição sumiu. As reuniões administrativas amargam falta de quorum. Cerca de 200 requerimentos com pedidos de informação estão à espera de votação. A convocação do empresário Abel Pereira e do Hamilton Lacerda, só foi aprovada ontem graças a um acordo feito pelos poucos parlamentares presentes. "A oposição mostrou que tinha um interesse pré-eleitoral e outro pós-eleitoral . A participação dos políticos do PSDB na compra superfaturada de ambulâncias seria a causa do desinteresse da oposição no avanço das investigações. Segundo os Vedoin, o esquema da Planam começou no governo Fernando Henrique Cardoso, durante a gestão do governador eleito de São Paulo, José Serra, no Ministério da Saúde. Serra chegou a ser convidado para depor. Não apareceu e mandou recado que só vai se Lula for convocado.
Helena
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