Associações de juízes e procuradores temem que a Polícia Federal ganhe superpoderes num segundo governo Lula. Tramita no Senado proposta de mudança da Constituição conferindo status de ministro-chefe ao diretor da PF e prerrogativas aos delegados para assumir a exclusividade das investigações, determinar prisões e quebrar sigilos sem autorização judicial. O projeto é do senador Vilmar Amaral (PTB-DF), suplente de Luiz Estevão. Tem o apoio do ex-diretor da PF Romeu Tuma (PFL-SP) e assinaturas, entre outros, dos tucanos Arthur Virgílio (AM) e Tasso Jereissati (CE) e dos petistas Eduardo Suplicy (SP), Ideli Salvatti (SC) e Serys Slhessarenko (MT). "A proposta é uma aberração", diz o advogado Fábio Comparato.
Reações
Para a Associação Nacional dos Procuradores da República, a emenda de Vilmar Amaral "cria um Estado armado dentro do Estado". A Associação dos Magistrados Brasileiros entende que "a Polícia Federal não deve ser usada para fins políticos".
Desconhecimento
A assessoria de Márcio Thomaz Bastos diz que o ministro não foi consultado sobre o projeto de Amaral. E desconhece algum país que tenha a polícia desvinculada do Executivo.
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