Derrotados na disputa pela Presidência da República, PDT e PSOL estão, às vésperas do segundo turno, mergulhados numa refrega interna cujo desenlace pode transcender as eleições presidenciais.O PDT hesita entre apoiar o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, e a neutralidade. O PSOL já decidiu não se aliar a nenhum candidato. Mas, contrariados com a decisão da executiva nacional de proibir declarações de apoio a qualquer candidatura no segundo turno, setores do PSOL dão de ombros à presidente do partido, senadora Heloísa Helena, e ensaiam um manifesto pela livre expressão.
Em artigo sob o título "É hora de debate coletivo não de silêncio individual", os deputados federal Chico Alencar (PSOL-RJ) e estadual, Marcelo Freixo (PSOL-RJ) dizem que é a hora de "convocar a base do partido e dinamizar suas instâncias para a saudável discussão". "É óbvio que na urna votamos em quem bem entender mas é da natureza de quem tem mandato expressar a sua opinião", disse o deputado Chico Alencar.O deputado, que organizou plenária do partido para discutir o tema, inclina-se pelo apoio a Lula no segundo turno. Mas deixa claro: qualquer que seja o voto dos militantes do PSOL, no dia seguinte ao segundo turno todos resgatarão a postura "crítica e de cobrança" característica da legenda.
A mão pesada da combativa senadora Heloísa Helena sobre o PSOL incomodou tanto ex-radicais petistas como formadores de opinião que procuraram no partido um abrigo após a desilusão com o PT. Antevendo um possível desgaste no pós-eleição , a senadora recuou da decisão de punir os correligionários no caso de descumprimento da resolução da Executiva.O PDT decide nesta segunda-feira qual rumo tomar neste segundo turno.
Helena
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