Pages

quarta-feira, 11 de outubro de 2006

Os amigos de 30 anos de Geraldo Alckmin


Em 12 anos de governo, nunca puniu um corrupto

Ética de Alckmin é mentir, abafar CPIs e tomar dos pobres para dar aos ricos

Não é à toa que a malta de achacadores, sonegadores de impostos e parasitas em geral lhe dê uma forcinha

O “princípio da ética está em punir quando se sabe de alguma coisa. O que não aconteceu no governo do PSDB”, disse Lula a Alckmin no debate de domingo. “69 CPIs foram engavetadas, a que preço eu não sei. Barjas Negri, que movimentava mais de 1 bilhão, tem 102 condenações do TCE e uma das empresas era de um senhor chamado Abel que estava lá [em Cuiabá] para comprar o dossiê. Nunca deixei nada sem apurar, doa a quem doer. O que eu quero saber é o seguinte: por que nenhuma das 69 CPIs foi implantada?”.

Os amigos de 30 anos de Geraldo Alckmin

Michael Zeitlin - secretário de Transportes de São Paulo de 1997 até julho de 2002 – Foi acusado de inúmeras irregularidades, incluindo nas licitações do Rodoanel que foram condenadas pelo TCU e TCE. Zeitlin é sócio fundador da Ductor, empresa que foi contratada para fiscalizar o andamento das obras do Rodoanel licitadas por ele. Prevista para custar R$ 339 milhões, a obra consumiu mais de R$ 1 bilhão aos cofres públicos. A execução do trecho Oeste, por exemplo, foi orçada em R$ 339 milhões. A obra foi aditada em R$ 237 milhões, ou seja, quase 70% a mais e muito acima dos 25% permitidos por lei. O TCU proibiu o governo federal de passar recursos para o Rodoanel em virtude das ilegalidades. Professor aposentado da FGV.

Barjas Negri – Fundador do PSDB em Piracicaba, passou pelo Ministério da Educação e da Saúde no governo Fernando Henrique. Acusado de envolvimento com a máfia dos sanguessugas e dos vampiros, foi nomeado por Alckmin secretário da Habitação e presidente da CDHU. Entre 2002 e 2003 acumulou 102 condenações no TCE, além de mais 8 na prefeitura de Piracicaba onde se encontra atualmente.

Goro Hama – Campeão de condenações no TCE (com 167) e líder em ações judiciais, o ex-presidente da CDHU foi nomeado para o gabinete do Palácio dos Bandeirantes após sua situação ficar insustentável. Atualmente anda desaparecido.

Sérgio De Nadai – Também conhecido como rei das quentinhas. Amigo íntimo do ex-governador Mário Covas, sua empresa fornecia e fornece marmitas para penitenciárias e para a Febem. Seus contratos foram julgados irregulares pelo TCE por superfaturamento e licitações dirigidas. No entanto, consegue contratos em todos os governos tucanos.

Pérsio Arida – Ex-presidente do Banco Central e ex-sócio do Opportunity foi pego acertando a entrega do sistema Telebrás. Amigo de Mendonça de Barros e André Lara Rezende participou do assalto à Vale do Rio Doce e das teles. Atualmente está passando uma temporada em Oxford, na Inglaterra.

Luiz Carlos Mendonça de Barros – Ex-presidente do BNDES e ex-ministro das Comunicações. Foi flagrado em grampos telefônicos acertando os grupos que iriam levar o sistema Telebrás. “Fala pro Pio (Borges) que vamos fechar (os consórcios) daquele jeito que só nós sabemos fazer”. Mendonça sobre as privatizações. Após os escândalos montou uma revista chamada Primeira Leitura.

Marcello e Daniel Mendonça de Barros – Filhos de Luiz Carlos. Com o pai no governo e com informações privilegiadas, montaram uma corretora chamada Link. Em apenas quatro meses tornou-se a terceira maior corretora do mercado, chegando a negociar até R$ 12 bilhões num mês. Atualmente, a corretora briga para sobreviver na 41ª posição.

André Lara Rezende – Presidente do BNDES na época da privatização do sistema Telebrás. Seu papel era colocar os recursos do banco para financiar as empresas estrangeiras que levariam os leilões. Também pego nos grampos acertando o esquema com Mendonça de Barros e Cia. Atualmente é membro do Conselho Consultivo da FIPE.

Eduardo Jorge (EJ) – Ex-secretário de Fernando Henrique, participou da liberação de verbas para o juiz Lalau “construir” o prédio do TRT em SP. Teve grande influência e controlava muitos fundos de pensão durante o período das privatizações. Após inúmeros escândalos teve que se afastar do governo. Atualmente é um dos coordenadores do comitê nacional de Alckmin.

Ricardo Sérgio de Oliveira – Ex-caixa de campanha de Fernando Henrique, também foi diretor da área Internacional do Banco Brasil. Carrega uma das maiores fichas de corrupção do país, envolvido em perdões de dívidas de parceiros no BB, cobrança de propina na privatização do sistema Telebrás e da Vale do Rio Doce, manipulação dos recursos dos Fundos de Pensão, entre tantas outras acusações. Aguarda ansiosamente que algum de seus amigos tucanos retome o governo para entrar em ação. Ricardo Sérgio diz para Mendonça de Barros: “Dei para a Embratel e 874 milhões para o Telemar (Tele Norte Leste). Nós estamos no limite da nossa irresponsabilidade. São três dias de fiança para ele”. “É isso aí, estamos juntos”, diz Mendonça de Barros. “Na hora que der merda, estamos juntos desde o início”, diz RS.

Daniel Dantas – Montou o banco Opportunity e foi favorecido pelo governo Fernando Henrique nas privatizações. Sem um tostão furado, mas controlando os recursos dos fundos de pensão, controlava várias empresas privatizadas, entre elas a Telemig Celular e a Brasil Telecom, empresas que mantinham relações financeiras com Marcos Valério. Além de contratar empresas de espionagem, Dantas já acumula algumas condenações na Justiça, incluindo nas Ilhas Cayman por falsificação de documentos. Aliás, Dantas possui 368 motivos nesta ilha para ser protegido.

Jou Eel Jia - acupunturista particular do ex-governador Geraldo Alckmin. Recebeu anúncios de estatais para sua revista, mais de R$ 1 milhão da Secretaria da Educação para “ministrar” cursos de “Li’en Chi” para professores e costurou uma sociedade entre a sua filha e a filha de Alckmin numa loja de ervas medicinais. Os deputados paulistas ainda tentam instalar uma CPI, além de outras 69 que foram engavetadas, para apurar estes e outros anúncios irregulares. Ele continua cuidando de Alckmin.

Antônio Dias Felipe – Conhecido como “Português”, é dono das empresas Tejofran e Power que mantêm contratos irregulares e condenados pelo TCE desde 1994. Licitações dirigidas, superfaturamento e falsificação de documentos são algumas das irregularidades cometidas em contratos com a Dersa, Metrô, Sabesp, entre outros. Ainda continua prestando serviços para o governo do Estado.

José Maria Monteiro - coordenador da campanha à reeleição de Mário Covas, é investigado pelo MP por ter autorizado a transferência da carteira de seguros de automóveis da Cosesp à Sul América. O repasse foi feito sem licitação para a Sul América, que era assessorada pela Metacor, empresa ligada ao ex-secretário da Presidência, Eduardo Jorge.


Helena

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração