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segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Mantega: “Se o mercado gosta de Alckmin, o povo em geral gosta de Lula”


O ministro da Fazenda, Guido Mantega, voltou a instar na quarta-feira o candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, a apresentar propostas de governo para a área econômica. “Acho que a oportunidade agora é de esclarecermos os programas econômicos. A população exige isso. Se não, para que teria segundo turno?”, questionou.

A coligação PSDB-PFL havia informado que entraria com ação na Justiça Eleitoral questionando a suposta campanha eleitoral feita por Mantega em entrevista coletiva, na terça-feira. “Não fiz campanha coisa nenhuma”, disse. “A minha fala de ontem está no site do Ministério. Quem quiser ouvi-la por inteiro, sem as distorções, sem a versão que foi dada, poderá ouvi-la lá”, frisou, refutando a assertiva da oposição.

No dia anterior, Mantega havia criticado a falta de um programa econômico por parte de Alckmin. “Até agora eu não vejo um programa econômico do candidato Alckmin”, afirmou. Segundo ele, “é preciso que haja coerência na política econômica. Olha, eu vou fazer um ajuste fiscal e ele não vai ser recessivo. Porque se você exagerar na dose, como há um risco que poderia ser feito pelo PSDB, você pode não ter o crescimento da economia. Você pode fazer [uma ajuste fiscal] maior [do que o necessário] e não ter crescimento ou eliminar o gasto social, coisa que o nosso governo não faz. Então a nossa proposta é uma proposta equilibrada”.

Mantega disse que entre as prioridades para o segundo mandato do presidente Lula estão as reformas política e tributária. “A política do presidente Lula é para potencializar o crescimento. Vai ter redução de juros, da carga tributária e do custo da infra-estrutura”.

Sobre as especulações de que “agradou ao mercado” a ida do candidato do PSDB para o segundo turno, o ministro analisou: “Pode ser que o mercado goste do candidato Alckmin e a população de forma geral do presidente Lula”.

Helena

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