O Presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tem 61% dos votos válidos e já foram apurados 85% dos votos para presidente, em todo o país, até as 19h15min. Reeleito, Lula tentará ampliar espectro de forças que o apóiam.
O quase perfeito aparato tecnológico montado ao longo de uma década pelo Tribunal Superior Eleitoral permitiu que antes das 19h30min do domingo 29 o Brasil conhecesse o resultado da quinta eleição presidencial direta desde a redemocratização consumada em 1989. Com 85% dos votos contabilizados até as 19h15min Lula, já havia obtido 61% dos votos válidos para Presidente. Assim, não poderia mais ser alcançado por Geraldo Alckmin, PSDB, no curso da apuração.
O Presidente Lula venceu seu adversário de ocasião, o ex-governador Geraldo Alckmin; impôs uma amarga derrota à coligação rival PSDB-PFL e mostrou a seu partido, o PT, que a autoridade que as urnas lhe conferem é suficiente para encarar as hostes mais tresloucadas da legenda e dizer-lhes: "parem, aqui mando eu". O PT não venceria a eleição sem Lula, assim como o Partido dos Trabalhadores começa a contagem regressiva para 2010 sem nenhum nome no horizonte. Reeleito, revigorado pela votação consagradora, Lula vai governar com o apoio institucional de legendas como PSB, PCdoB, PL e PP e terá a seu lado o PMDB em sua quase totalidade. Também abrirá diálogo direto com os governadores de Minas Gerais, Aécio Neves, e de São Paulo, José Serra. Serra e Aécio, do PSDB, passam a ser as duas maiores lideranças da oposição e tendem a ofuscar o próprio Geraldo Alckmin dentro do partido. Pragmáticos, os dois governadores de São Paulo e de Minas buscarão o entendimento com o presidente, com quem têm amizade e intimidade, e farão uma inflexão no PSDB para que o partido se afaste da linha guerrilheira de oposição que o PFL adota.
Helena
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