No comício final de ontem, na Capela do Socorro - Largo São José, o presidente Lula não conteve as lágrimas. Mas foi longe das câmeras de TV e dos holofotes. Ao deixar o palanque, Jean Fábio Bussaglia, de 20 anos, abraçou-o, chorando. A seu lado estava o pai, Alípio, de 44 anos, numa cadeira de rodas. Alípio tem um tumor na cabeça. O drama de Jean comoveu Lula. "Meu sonho e do meu pai era conhecê-lo. Eu precisava fazer isso porque, se o meu pai partir, ele vai feliz", disse, aos prantos. O Presidente tentou consolá-lo: "Não fique assim." Quando Jean se recompôs, passou-lhe o celular ligado: "Fale com minha mãe. O nome dela é Vera." Meio sem jeito, Lula pegou o telefone. "Vera, tudo bem, querida? Estou aqui com o seu filho chorão." Ele ouviu atentamente a história e depois pediu a Jean que deixasse seu telefone com um assessor. Enquanto Lula contava que fez o primeiro comício de sua campanha ao governo, em 1982, naquele mesmo lugar, um militante também jogou-lhe o celular. "Fale com o Tonhão", implorou. Ele não se fez de rogado e, desta vez, pediu voto: "Um abraço, Tonhão! No dia 29, vote no 13."
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