Foi uma madrugada insone esta última, no Recife, para onde se deslocou o comando político da campanha presidencial de Geraldo Alckmin. O candidato estava lá, para onde voou de surpresa depois de ter participado das celebrações pelo dia de Nossa Senhora Aparecida no interior de São Paulo. A presença de Alckmin no ato e a generosa divulgação do fato no Jornal Nacional, da Rede Globo, programa jornalístico de maior audiência da TV brasileira, longe de ser comemorada pelos estrategistas da aliança PSDB-PFL, foi vista com preocupação: o ex-governador de São Paulo, que dificilmente ganhará um voto a mais entre os católicos por ter ido a Aparecida do Norte no 12 de outubro, certamente reforçará as desconfianças contra si entre os eleitores evangélicos -- sobretudo entre os pentecostais, ramo majoritário no Brasil e onde vigora uma certa rivalidade com o catolicismo. A saia justa imposta pelo senador Eduardo Suplicy ao candidato, ecoada pelo JN e pela imprensa escrita, acentuou a dúvida sobre a classificação do programa na agenda: erro ou acerto? Entre a turma da ciência política que dá suporte a Geraldo Alckmin a certeza é de que a presença do candidato em Aparecida foi um erro.
Tentando reparar o erro numa guerra em terreno virtual, o PSDB utilizou ontem a internet para associar a imagem e o discurso do presidente Lula ao do ex-presidente e senador eleito de Alagoas, Fernando Collor. o PSDB chamaou Lula de “discípulo” de Collor num artigo em que o nome de Lula aparece com dois “L”, uma marca do presidente deposto em 92.A chefe do núcleo de internet da campanha de Geraldo Alckmin, Thereza Cristina Miranda, disse hoje que o artigo “é apenas uma análise” e que o site,“Quem navegar pelo site percebe que o tempo todo temos usado críticas ao comportamento do Lula, disse ela, Thereza informou que os textos publicados no site são feitos pelos jornalistas contratados. Até hoje, 1.183 artigos haviam sido colocados na internet.
Helena
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