07.10.2006
Coluna do iG
Os números do Datafolha foram recebidos com alívio pelo comando da campanha de Lula e com certa decepção pelos partidários de Geraldo Alckmin. Segundo a pesquisa, o presidente tem hoje 50% das intenções de voto contra 43% do tucano. Quatro por cento dos eleitores estariam indecisos e 3% propensos a votar nulo ou em branco. No universo dos votos válidos, o placar seria de 54% a 46% – oito pontos de vantagem para Lula, um a mais do que os 7% de dianteira que ele teve nas urnas no domingo. O cenário desenhado pelo Datafolha para a largada do segundo turno é, portanto, favorável para Lula. Mostra que seus eleitores seguraram o tranco provocado pela realização do segundo turno.
Na coluna de ontem, ressaltei que a pesquisa do Datafolha era importante porque permitiria responder a três perguntas cruciais para definir a embocadura do segundo turno: a) a onda anti-Lula, que havia impedido uma decisão no domingo, havia se esgotado no fim de semana ou prosseguido após o anúncio dos resultados? b) os votos dados a Lula permaneciam firmes com o presidente ou uma parcela deles havia afrouxado com o baque do segundo turno? c) como se repartiriam os votos dados a Heloísa Helena e Cristovam Buarque, agora órfãos?
Pelos números divulgados, parece que a onda anti-Lula não transbordou do domingo para cá. Tudo indica também que os eleitores do presidente mantiveram-se firmes. Grosso modo, a votação obtida pelos dois candidatos nas urnas é o ponto de partida para o segundo turno e não houve modificações significativas no ânimo dos eleitores de cada um. Lula teve 48,6% dos votos válidos no domingo. Teria conquistado mais cinco pontos de lá para cá. Alckmin, que recebeu nas urnas 41,6% dos votos, teria capturado mais quatro.
Quanto aos votos órfãos, o Datafolha mostra que eles tendem a se distribuir de forma equilibrada entre os candidatos que permaneceram no páreo. Quarenta e oito por cento dos eleitores de Heloisa Helena votarão em Alckmin; 32%, em Lula. Entre os eleitores de Cristovam há empate, em 39%, tendência que se repete também entre os que declararam ter votado nulo ou em branco no primeiro turno: 32% tenderiam agora para Alckmin, 31% para Lula. Como se vê, apenas no caso dos eleitores de HH há vantagem fora da margem de erro. Mas, no quadro geral, a repercussão dessa diferença seria mínima, inferior a um ponto, já que a senadora obteve no domingo apenas 6,85% dos votos.
Tudo somado, o quadro de largada é favorável para Lula. Não será fácil para Alckmin tirar essa diferença
Coluna do iG
Os números do Datafolha foram recebidos com alívio pelo comando da campanha de Lula e com certa decepção pelos partidários de Geraldo Alckmin. Segundo a pesquisa, o presidente tem hoje 50% das intenções de voto contra 43% do tucano. Quatro por cento dos eleitores estariam indecisos e 3% propensos a votar nulo ou em branco. No universo dos votos válidos, o placar seria de 54% a 46% – oito pontos de vantagem para Lula, um a mais do que os 7% de dianteira que ele teve nas urnas no domingo. O cenário desenhado pelo Datafolha para a largada do segundo turno é, portanto, favorável para Lula. Mostra que seus eleitores seguraram o tranco provocado pela realização do segundo turno.
Na coluna de ontem, ressaltei que a pesquisa do Datafolha era importante porque permitiria responder a três perguntas cruciais para definir a embocadura do segundo turno: a) a onda anti-Lula, que havia impedido uma decisão no domingo, havia se esgotado no fim de semana ou prosseguido após o anúncio dos resultados? b) os votos dados a Lula permaneciam firmes com o presidente ou uma parcela deles havia afrouxado com o baque do segundo turno? c) como se repartiriam os votos dados a Heloísa Helena e Cristovam Buarque, agora órfãos?
Pelos números divulgados, parece que a onda anti-Lula não transbordou do domingo para cá. Tudo indica também que os eleitores do presidente mantiveram-se firmes. Grosso modo, a votação obtida pelos dois candidatos nas urnas é o ponto de partida para o segundo turno e não houve modificações significativas no ânimo dos eleitores de cada um. Lula teve 48,6% dos votos válidos no domingo. Teria conquistado mais cinco pontos de lá para cá. Alckmin, que recebeu nas urnas 41,6% dos votos, teria capturado mais quatro.
Quanto aos votos órfãos, o Datafolha mostra que eles tendem a se distribuir de forma equilibrada entre os candidatos que permaneceram no páreo. Quarenta e oito por cento dos eleitores de Heloisa Helena votarão em Alckmin; 32%, em Lula. Entre os eleitores de Cristovam há empate, em 39%, tendência que se repete também entre os que declararam ter votado nulo ou em branco no primeiro turno: 32% tenderiam agora para Alckmin, 31% para Lula. Como se vê, apenas no caso dos eleitores de HH há vantagem fora da margem de erro. Mas, no quadro geral, a repercussão dessa diferença seria mínima, inferior a um ponto, já que a senadora obteve no domingo apenas 6,85% dos votos.
Tudo somado, o quadro de largada é favorável para Lula. Não será fácil para Alckmin tirar essa diferença
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