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quinta-feira, 26 de outubro de 2006

Clima de vitória domina cerimônia


Por quatro vezes, o cerimonial do Palácio do Planalto avisou a platéia de catadores de materiais recicláveis que não seriam permitidas manifestações de cunho partidário ou eleitoral. Sentindo-se à vontade com uma audiência receptiva, o Presidente Lula até tentou tomar cuidados e modificar, o discurso . Ainda assim, o clima de ato político dominou a solenidade de lançamento de linhas de crédito do BNDES para catadores de materiais recicláveis .

Lula foi chamado de "companheiro" pelo presidente da Associação de Catadores de Papel, Papelão e Material Reciclável (Asmare), Luiz Henrique da Silva, declarou nunca ter visto nenhum governo fazer tanto pela sua categoria quanto o atual. "Estou quebrando o protocolo ao chamar o Presidente de companheiro, mas é esse o sentimento que a gente tem com ele, que tanto fez por nós", disse Luiz Henrique. "Agora vou deixar o homem trabalhar", acrescentou, ecoando refrão da campanha do presidente-candidato.

Do outro lado do salão, assessores da Presidência tentavam conter tentativas dos catadores de puxar um coro com músicas da campanha eleitoral. O ambiente festivo da cerimônia fez com que Lula e o ministro do Desenvolvimento Social, Patrus Ananias, abandonassem os discursos escritos para falar de improviso sobre as linhas de crédito voltadas para cooperativas de catadores. Os decretos assinados ontem incluem o financiamento para obras de construção de galpões para as cooperativas de catadores e para a compra de máquinas, equipamentos e móveis. Além disso, estabelecem a coleta seletiva em órgãos públicos e a destinação de materiais recicláveis para associações e cooperativas de catadores. A nova linha não tem limite orçamentário, e os projeto serão analisados, em uma primeira etapa, até o dia 20 de dezembro.

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