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segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Cid Gomes será ponta de lança de Lula


No Ceará, a campanha para o segundo turno chega às ruas e promete movimentar a semana. A força-tarefa para a reeleição do Presidente Lula inclui os nomes dos eleitos Cid Gomes, do PSB, novo governador do Estado, Inácio Arruda, vencedor das eleições para senador pelo PCdoB, e a prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT), que partem na busca apoios para o candidato. No primeiro turno, Lula ficou com 71,22% e Alckmin, 22,79% dos votos válidos.

"Será uma campanha curta, mas intensa. O importante é que a gente caia em campo, faça uma agenda e ganhe as ruas no Estado", disse. Comícios, carreatas e distribuição de adesivos fazem parte das estratégias para conquistar eleitores. Cid adiantou que continua conversando com os partidos. "Queremos ampliar a vantagem de Lula no Ceará, pois é nossa responsabilidade com o Brasil e com o Nordeste", afirmou Cid Gomes, em entrevista na sexta-feira passada, pouco antes do encontro com aliados, no hotel Gran Marquise by Sol Meliá, em Fortaleza.

Segundo o novo governador, cada um vai dar sua contribuição para o País. "Vou trabalhar como militante, pois acredito na causa. Essa eleição não guarda relação com estadual. Tem a ver com interesse superior do Brasil, com a redução das desigualdades regionais e o presidente Lula encarna esses compromissos", assinalou. Cid disse temer com o que poderá ocorrer ao Nordeste e, particularmente com os projetos previstos ou em andamento para o Ceará, se Lula não for reeleito.

Para ele, o PSDB paulista não consegue enxergar o Brasil como um todo e não são raras as vezes que os interesses, principalmente da grande elite local, entram em conflito com os da maioria dos brasileiros. "E é isso que está em jogo agora" afirmou, para quem o Brasil é muito mais do que São Paulo. "Não podemos nos envergonhar ou vestir a carapuça nessa tentativa de um discurso ético, contra o argumento da corrupção", disse. Na visão do novo governador do Ceará, o pseudo discurso da ética tem sido usado como argumento e pesa muito junto à classe média. Cid defendeu as ações do atual governo que "atuou firme, sem interferência, no combate à corrupção".

Helena

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