Boechat, entre Alckmin e Lula: mediador e produção da Band negaram um direito de resposta pedido pelo presidente depois que o ex-governador paulista o acusou de não dizer a verdade
A pancadaria começou no primeiro minuto como prenunciava o breve e frio aperto de mãos cinco minutos antes do início do debate de ontem na Rede Bandeirantes. De onde veio o dinheiro para comprar o dossiê fajuto, candidato? " , disparou o candidato do PSDB à Presidência da República corrupto e ladrão Geraldo Alckmin.
O Presidente Lula, ao falar , disse que a candidatura dele tinha sido a única prejudicada pelo dossiê, e recorreu ao dossiê Cayman, que me 1998, preferiu denunciar a usá-lo na campanha. Referia-se a Alckmin como governador quando era chamado de candidato pelo tucano.
" Não sou policial, sou presidente da República. Talvez meu adversário tenha saudades do tempo da ditadura quando em meia hora já se sabia de tudo. Não vou culpar inocentes. Quando a Polícia Federal tiver a resposta serei o primeiro a ter interesse em divulga-la " , respondeu Lula.
Em seguida o presidente perguntou se Alckmin sabia que Barjas Negri, que assumiu a secretaria de Habitação do Estado, a o deixar o ministério da Saúde, tinha envolvimento com a máfia dos sanguessugas. Lula disse que nunca impediu o Congresso de fazer uma única CPI, e disse que Barjas Negri foi presidente da CDHU, autarquia do governo de São Paulo que tem um dos mais altos orçamento do Estados e que uma CPI proposta para investigá-la foi barrada.
Lula perguntou sobre as diferenças entre as políticas sociais entre os governos federal e paulista. " A primeira diferença é de caráter, citou o dizia Mário Covas " . O candidato do PSDB citou cinco ministros denunciados. " O estranho não é ter ministro envolvido, é não ter investigação. O Valeiroduto começou no PSDB de Minas Gerais. " E retrucou a referência a Covas. Disse que era um homem de tanto caráter que não deixou que o PSDB apoiasse Fernando Collor e entrasse no seu governo. " O governador esqueceu onde começou a compra de votos nesse país, na aprovação da emenda da reeleição. "
Lula seguidamente bateu na política de privatizações do PSDB e tentou caracterizar a sua gestão como a que tinha vendido patrimônio das estatais brasileiras. " É a única coisa que vocês sabem fazer " retrucou Lula.
Lula só começo a ficar mais à vontade quando entrarão as questões mais temáticas. Guerrearam números, estatísticas e acusaram-se reciprocamente por obras inacabadas. À platéia, do lado direito, estavam os ministros Márcio Thomás Bastos (Justiça), Dilma Rousseff, (Casa Civil), Luís Marinho (Trabalho), Luiz Dulci (Secretaria Geral da Presidência), Tarso Genro (Coordenação Política), Silas Rondeau (Energia), Celso Amorim, Itamaraty, Patrus Ananias (Desenvolvimento Social), além de Sérgio Gabriele, (presidente da Petrobras), Aldo Rebelo (PCdoB-SP), Marta Suplicy (ex-prefeita de S. Paulo)
À esquerda a bancada de Geraldo Alckmin, era composta pelos governador eleito de São Paulo José Serra que chegou poucos minutos antes do início da transmissão, ao lado da mulher Mônica Serra, o presidente do PSDB, senador CORRUPTasso Jereissati (CE), além dos senadores Artur Virgílio(aquele que gosta de carne nova) (PSDB-AM) e Heráclito Fortes(bufão bafo de onça) (PFL-PI) e do prefeito da capital Gilberto Kassab (mais um ladrão)(PFL).
O desempenho do presidente Lula foi o mais previsível. Mesmo colocado permanentemente na defensiva por seu adversário, Lula não perdeu o controle e mostrou-se um hábil debatedor, comprovando que sua ausência nos debates do primeiro turno pode ter sido um erro estratégico.
Helena
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