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quarta-feira, 13 de setembro de 2006

Premiê indiano chama Lula de estadista


O Presidente Lula aproveitou a visita do primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, para comemorar os resultados de sua política externa. Durante cerimônia no Palácio da Alvorada, para assinatura de nove convênios de cooperação técnica, Lula referiu-se à parceria estratégica fechada ontem com a Índia como uma promessa cumprida. O presidente foi a Nova Délhi em 2004, mas Singh é a primeira alta autoridade indiana a vir ao Brasil desde Indira Gandhi, em 1968. O visitante não poupou elogios a Lula, a quem chamou de “estadista dos países em desenvolvimento”. Os dois se encontrarão hoje com o presidente da África do Sul, Thabo Mbeki, para a 1ª Reunião de Cúpula Índia-Brasil-África do Sul (Ibas).

“Desde os primeiros dias de meu governo — já em meu discurso de posse — deixei claro que daríamos especial atenção às relações com grandes países do sul, em particular com a Índia”, lembrou Lula, destacando o incremento nas relações comerciais. “Em finais dos anos 90, nosso intercâmbio não passava de US$ 400 milhões. Nos últimos anos, as trocas comerciais expandiram-se de maneira extraordinária. Em 2005, o volume total de nosso comércio chegou a US$ 2,3 bilhões.”

Entre os acordos bilaterais fechados ontem, um define a exploração conjunta da Petrobras e da petrolífera indiana em águas profundas e a produção de petróleo no Brasil até 2010, depois na Índia e, possivelmente, ainda em um terceiro país ainda não revelado. Também foi firmada cooperação técnica na área científica, que pode dar origem a projetos aeroespaciais.

O premiê indiano afirmou que estava “muito satisfeito” com o encontro com Lula. “Agradecemos por tudo o que o senhor é. É uma honra trabalhar com o presidente Lula”, declarou, acrescentando que a parceria com o Brasil é importante para que seja criada “uma nova ordem internacional, com maior eqüidade”. Lula reiterou a importância de Brasil e Índia trabalharem juntos em questões multilaterais. “Temos reiterado que nenhuma reforma da ONU estará completa sem uma ampliação do Conselho de Segurança, que inclua países em desenvolvimento como membros permanentes”, disse. No comunicado conjunto, os dois líderes expressaram ainda a necessidade de que o sistema de cotas de participação no Fundo Monetário Internacional (FMI) seja reformado, para que seja assegurado aos países em desenvolvimento acesso ao processo de decisões.


Helena

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