Pages

terça-feira, 5 de setembro de 2006

Lula terá maioria para aprovar reformas


Reeleito o Presidente Lula contaria com 282 votos na Câmara, segundo estudo. Confirmada nas urnas a vitória do Presidente Lula já no primeiro turno das eleições, a próxima etapa será a composição da base governista no Congresso Nacional. Para o analista da Tendências Consultoria, Rogério Schmitt, Lula terá a maioria parlamentar para conseguir aprovar as reformas propostas em campanha.

"As chances de um novo governo conseguir contar com uma base governista forte são favorecidas pela vigência da cláusula de barreiras", afirmou Schmitt. Segundo ele, o número de partidos representados na próxima legislatura na Câmara dos Deputados deverá cair para no máximo sete legendas. Pela cláusula de barreiras, os partidos terão que conseguir no mínimo 5% dos votos no Brasil mais 2% em nove estados do federação. "A maior parte das legendas pequenas e médias deverá se fundir entre si ou ser incorporadas por partidos maiores", acrescentou o analista. Schmitt ressaltou que mesmo com a claúsula de barreiras, Lula terá toda condição de conseguir a maioria parlamentar no Congresso.

Entre os possíveis quadros políticos está a possibilidade da bancada governista ser composta pelo PT, PMDB, PP, PTB, PSB, PL e PCdoB e teria 55% da Casa com 282 deputados a favor. Um cenário mais favorável, ainda, segundo o analista, seria a maioria formada por estes partidos, mais o PDT, PPS e 20% dos deputados do PFL e PSDB, com isso, Lula formaria uma bancada de 348 deputados, com 68% da Câmara Federal.

O quadro político-eleitoral aponta até para a formação de um novo partido. "Lula é esperto. Aprendeu muito nos últimos quatro anos. Não quer ficar refém só do PMDB", afirmou ontem o professor de Ciência Política da Universidade de Brasília (UnB), David Fleischer.

Segundo ele, as negociações informais que o presidente vem mantendo com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), podem levar a uma reestruturação partidária, reunindo sociais-democratas do PT, PSDB e PMDB.
Essa reestruturação, na opinião de Fleischer, poderia vir já em 2007 ou em 2008, depois de o Congresso ter votado temas importantes para o País e de Lula já ter identificado aqueles com quem pode contar.

Na base desse realinhamento de forças, disse Fleischer, está o desejo de Aécio de disputar a Presidência em 2010 - disposição fomentada pela popularidade de sua candidatura à reeleição, que conta com cerca de 70% das intenções de voto no segundo maior colégio eleitoral do País.

"Dificilmente Aécio Neves teria maioria no PSDB para sair candidato em 2010", diz David Fleischer.

Helena

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração