O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu ir ao último debate entre os candidatos presidenciais, na TV Globo, dia 28 de setembro. Além dele, estão convidados Geraldo Alckmin, Heloísa Helena e Cristóvam Buarque. Lula faltou a outros debates organizados por outras emissoras nessa campanha. Em 1998, Fernando Henrique Cardoso, primeiro presidente da História do Brasil que pôde se candidatar à reeleição, faltou a todos os debates marcados por emissoras de TV. A decisão de ir aos estúdios da Globo, no Rio, dia 28, está tomada. Mas pode não ser consumada: o presidente quer o apoio convicto de nove pessoas que o cercam no dia a dia, tanto na vida privada quanto no governo e na campanha. Trata de tomar o pulso da opinião desse grupo nos últimos dias e conversará com os derradeiros interlocutores até amanhã à noite. Marisa Letícia, a primeira-dama, ainda é contra. João Santana, jornalista e publicitário que cuida da campanha de Lula, é a favor. Marco Aurélio Garcia, coordenador da campanha de reeleição desde o afastamento de Ricardo Berzoini, é a favor. O ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, é contra. André Singer, porta-voz da Presidência, é contra. José Genoíno, ex-presidente do PT e candidato a deputado por São Paulo, é a favor. Luiz Eduardo Greenhalgh, deputado pelo PT paulista, ora é contra, ora é a favor. Márcio Thomaz Bastos, ministro da Justiça, é a favor. Dilma Roussef, ministra-chefe da Casa Civil, ora é contra, ora é a favor. Fernando Pimentel, prefeito de Belo Horizonte pelo PT e co-coordenador da campanha reeleitoral junto com Marco Aurélio Garcia, é a favor. Quando fechar 100% de apoio à sua decisão, Lula anunciará que irá. Confia mais no seu feeling político do que nas opiniões de cientistas políticos. O presidente tem convicção de que possui instrumentos e argumentos capazes de não deixá-lo preso às cordas do ringue enquanto os adversários o espancam no dos dois últimos anos . Lula já falou, também, que, se a decisão de ir ao debate da Globo for consumada, quer ter a seu lado o ex-ministro Ciro Gomes. O presidente da República não só admira a rapidez de raciocínio de Ciro, como também quer manejar o florete verbal a fim de desferir golpes ameaçadores ou mortais contra os contendores.Mesmo que tome sua decisão na manhã de terça-feira, o presidente só a comunicará à Globo na quarta-feira.
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