A pesquisa presidencial Datafolha revela um fato inédito. Mesmo sob forte ofensiva dos adversários no segundo trimestre, Lula, candidato à reeleição, alcançou 41% de intenção de voto espontânea, isto é, antes que o pesquisador mostre o cartão com os nomes dos candidatos a presidente ao eleitor. Geraldo Alckmin (PSDB) tem 17% na espontânea e Heloisa Helena (PSOL), 5%.
O mais notável é que Lula conseguiu quebrar o recorde a 26 dias do pleito. Antes disso, a maior marca havia sido registrada pelo Datafolha na eleição de 1998, quando Fernando Henrique Cardoso (PSDB) chegou a 39% de intenção de voto espontânea, mas apenas na véspera da eleição.
A intenção de voto espontânea é um indicador de consistência do potencial eleitoral de um candidato. Teoricamente, o eleitor que já sabe o nome de seu presidenciável antes mesmo que o pesquisador lhe apresente todas as alternativas é um eleitor que já havia decidido em quem votar antes de ser abordado para a pesquisa. Segundo Mauro Paulino, diretor do Datafolha, no caso de Lula, 79% dos eleitores que dizem seu nome na pesquisa estimulada repetem o que já haviam dito na pergunta que mede a intenção de voto espontânea. Esse grau de consistência é significativamente maior do que o de seus principais adversários.
Dos eleitores que manifestam intenção de votar em Alckmin, apenas 62% o fazem espontaneamente. Entre os eleitores de Heloisa, esse percentual é ainda mais baixo: 53%. Ou seja, além de ter uma vantagem sobre os adversários que aponta para vitória no 1º turno na pesquisa estimulada (51%, contra 27% de Alckmin, 9% de Heloisa e 2% dos demais), Lula apresenta um eleitorado com um voto aparentemente mais convicto do que os outros presidenciáveis - e supostamente menos sujeito a mudança de opinião. "O crescimento dele é consistente. Mesmo dentro da margem de erro, ele sobe um ponto a cada pesquisa", ressalta Paulino.
Helena
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