O Presidente mantém 50% dos votos e 56% dos válidos; Alckmin oscila de 28% para 29%, e Heloísa continua com 9%
Para diretor do Datafolha, efeitos da crise do dossiê ainda não foram notados em pesquisa, que ouviu eleitores ontem e segunda
A 12 dias da eleição, é estável o quadro da sucessão presidencial. Pesquisa Datafolha realizada ontem e anteontem aponta para a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em primeiro turno: ele se mantém com 50% das intenções de voto e está 21 pontos à frente do principal adversário, o tucano Geraldo Alckmin (29%).
Com dez pontos a mais do que a soma de todos os adversários, Lula tem 56% dos votos válidos. E, embora Alckmin tenha oscilado um ponto para cima -de 28% para 29% em comparação à pesquisa de 11 e 12 de setembro-, o diretor-geral do Datafolha, Mauro Paulino, explica que "essa curva levemente ascendente" não sinaliza para um segundo turno porque Lula permanece no mesmo patamar desde agosto.
"Não adianta os outros crescerem se o Lula não perder. Enquanto Lula se mantiver no mesmo patamar, com 56% dos votos válidos, não tem segundo turno", resumiu Paulino.
A candidata do PSOL, Heloisa Helena, continua com 9%. A exemplo de Alckmin, o candidato do PDT, Cristovam Buarque, oscilou dentro da margem de erro (que é de dois pontos) e passou de 1% para 2%. Votos nulos e em branco somam 4%.
Ana Maria Rangel (PRP), José Maria Eymael (PSDC), Luciano Bivar (PSL) e Rui Pimenta (PCO) não atingiram 1%.Paulino diz que a pesquisa capta apenas "sutilmente" a nova crise do governo, com membros da campanha de Lula e um ex-assessor do Planalto acusados de envolvimento na compra de um dossiê contra Alckmin e José Serra. "Abrange mais o noticiário do fim de semana, quando a crise era incipiente", disse Paulino. Ele observa porém que as mudanças no programa de Alckmin, com o tom mais agressivo e aparição dos aliados, não tiveram efeito.
Alckmin cresceu cinco pontos no Sul -de 34% para 39%-, enquanto Lula oscilou um ponto para cima e está com 36%. Nas regiões Norte e Centro-Oeste, Lula sofreu uma perda de seis pontos -de 53% para 47%- e Alckmin subiu dois pontos. Tem 32%. A performance nessas regiões foi neutralizada pelo Sudeste: Lula teve uma variação positiva de dois pontos (de 42% para 44%), enquanto Alckmin manteve 33%. No Nordeste, Lula segue com 70%, e Alckmin, com 15%.
Em uma semana, Lula sofreu uma perda de cinco pontos no Rio e está com 43%, enquanto Alckmin (22%) subiu três. Em Minas, Lula perdeu três pontos e Alckmin cresceu três. Em São Paulo, porém, Lula ganhou dois enquanto Alckmin perdeu dois.
Esta pesquisa do Datafolha, registrada no TSE com o número 17958/2006, é um levantamento por amostragem com abordagem em pontos de fluxo populacional com cotas de sexo e idade e sorteio aleatório dos entrevistados. Foram ouvidos 7.735 eleitores em 353 municípios de 25 unidades da Federação. A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.
Avaliação positiva de governo petista segue alta, com 48%
Pesquisa Datafolha mostra que a avaliação positiva do governo Lula oscilou dois pontos para cima desde a semana passada. Segundo a pesquisa, 48% dos eleitores consideram o desempenho do presidente ótimo ou bom. Passou de 35% para 34% o índice dos que o acham regular. Para 18%, a administração é ruim ou péssima.
De 0 a 10, a nota média do governo Lula é de 6,5. O governo tem o maior índice de aprovação no Nordeste, onde 65% consideram seu governo ótimo/bom. No Sudeste, 42% dos eleitores classificam a administração ótima ou boa. No Norte e Centro-Oeste, essa avaliação é feita por 43% dos eleitores. No Sul a taxa é menor: 36%.
O governo Lula é ótimo ou bom para 50% dos eleitores do sexo masculino, contra 45% das mulheres. Levando-se em conta a faixa salarial, Lula tem melhor performance - com 54% de aprovação - entre os eleitores de renda familiar de até dois salários mínimos.
Seu governo é ótimo ou bom para 45% dos eleitores com renda familiar de dois a cinco salários e para 38% dos com renda de cinco a dez salários mínimos. A avaliação positiva cai para 30% entre os eleitores com renda familiar superior a 10 salários mínimos.
Helena
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