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terça-feira, 22 de agosto de 2006

Mísseis contra José Roberto Arruda(PFL)


Nada muda? Uma ou outra surpresa têm vez. Na tarde de ontem, governadora e candidata Maria de Lourdes Abadia(PSDB - DF) subiu nas tamancas. Com eufemismos, chamou o candidato a governador de Brasilia, José Roberto Arruda(PFL) de mentiroso. Ele promete levar o metrô até o Gama. Dinheiro? Usará o do Bird. Mas a governadora que se diz abençoada por três santas explica. A verba tem outra destinação, o bolso dele. Não pode servir para amealhar votos. Com a palavra, os gamenses.

Se o leitor pensa que terminou por ai a baixaria entre PSDB e PFL, ah estão errados, a baixaria foi mais além...


Eri lança mísseis contra José Roberto Arruda(PFL)

CANDIDATO CONTRA-ATACA E COBRA DE BURITIZÁVEL DOSSIÊ
CONTRA PO. E DENUNCIA IMPROBIDADE E ATÉ CAIXA 2 de José Roberto Arruda.

Depois de se considerar ofendido pelo candidato a governador josé Roberto Arruda, em um comício na Quadra 307 de Samambaia, com acusações também contra a governadora e candidata Maria de Lourdes Abadia e Maurício Corrêa, o advogado e candidato a deputado federal pelo PMDB Eri Varela respondeu de forma dura. Disse que não é bandido e que as agressões gratuitas são de quem está desesperado. Com um arsenal que inclui míssies Katyuscha e determinação de um militante do Hezbollah, Eri Varela acusa Roberto Arruda de ter apontado desvios de dinheiro na obra do Metrô do Distrito Federal na gestão de Joaquim Roriz, verba canalizada para a campanha eleitoral de 1993. "Por essa acusação Roriz foi levado à CPI do Orçamento, aquela CPI dos Anões", dispara. E acrescenta: "Arruda acusa e depois chora".

Varela vai mais longe e aponta o desvio de dinheiro de um assentamento do Incra em Goiás, em apuração pelo Ministério Público daquele estado. "O MP de Goiás denunciou Arruda em uma Ação Civil Pública por improbidade. E exigiu que ele restituísse o dinheiro desviado de um assentamento. Nos autos consta que os recursos foram desviados e que parte deles foi repassada ao então senador Roberto Arruda", aponta o advogado.

Em um ataque demolidor que não prevê, a partir de agora, nenhuma trégua, como acontece no Oriente Médio, Varela cobra de Arruda um suposto dossiê que o candidato teria contra o senador Paulo Octávio, antigo adversário e hoje aliado como candidato a vice-governador na chapa pefelista. "Em um jantar no início do ano, Arruda disse para mais de 40 empresários que tinha um dossiê contra Paulo Octávio. Ora, será que o senador brasiliense é um criminoso e ninguém sabe? Sendo assim, como ele levou para vice um criminoso? Quero saber do dossiê", disse.

Armado até os dentes, Eri Varela lembra que Arruda não fuma. Mas deve explicações sobre as relações dele com uma multinacional do cigarro, a Philiph Morris. "A sociedade do DF quer saber qual a relação do político com a fábrica. E o que ele exigiu dela talvez em forma de apoio no Congresso Nacional", disse. Eri denuncia, ainda o funcionamento de um caixa 2 na campanha "antecipada" do candidato a governador e que está sendo investigada pelo Ministéri Público do DF.

"Há depoimentos de um ex-funcionário do comitê do candidato onde Arruda é acusado de utilizar servidores públicos na campanha e recursos financeiros sem origem. E isso é muito grave". Leia abaixo a entrevista de Eri Varela.

ENTREVISTA

o senhor afirma que foi ofendido pelo candidato a governador José Roberto Arruda, em um comício na Quadra 307 de Samambaia. E que as ofensas foram também dirigidas à governadora Maria de Lourdes Abadia e ao candidato a
vice-governador Maurício Corrêa. Isso aconteceu?

ERI VARELA: O candidato José Roberto Arruda está desesperado. E me agride de forma gratuita, violentamente, como também a governadora Maria Abadia e o ex-ministro Maurício Corrêa. Ele tenta ser maior que a verdade. Mas deixa, todavia, de esclarecer que o fundamental é o debate ético. Eu tenho feito algumas indagações sobre sua vida pública. e ao invés dele responder, chama Abadia de Maria vai com as outras e maurício Corrêa de velho gagá. De mim, diz que sou bandido. Agora, eu tenho a ponderabilidade da racionalidade. Portanto, continuarei a cobrar de Arruda explicações com fundamento ao debate étio e da verdade. Ele não é maior do que a verdade, como pensa.

FS: Sobre denúncias antigas de desvio de dinheiro do Metrô, que acabou levando o então governador Joaquim Roriz a ser citado na CPI do Orçamento, a CPI dos Anões, o que o senhor tem a dizer?

EV:Eu gostaria que Arruda explicasse se disse em 1993 ao advogado Paulo Castelo Branco e ao doutor Carlos Magalhães da Silveira, no apartamento deste último, que o governador Joaquim Roriz roubava dinheiro do Metrô do DF para fazer campanha eleitoral na Região do Entorno. Queria saber se ele mentia ou mentiam os dois que compareceram ao Ministério Público para registrar as supostas denúncias. Pois foi por causa dessa acusação que Roriz foi levado à CPI do Orçamento, chamada também de CPI dos Anões. Destaque-se que Roriz acabou inocentado. E o fato mostra que Arruda tem mania de acusar os outros. E depois chora.

FS: O senhor diz que desapareceu dinheiro público no Incra em desapropriação de uma área em um assentamento em Goiás. Onde foram parar os recursos?

EV:É preciso que todos saibam que o Ministério Público Federal em Goiás denunciou Arruda em uma Ação Civil Pública. O atual candidato foi denunciado por improbidade. O MP exigiu que ele restituísse a verba desviada de uma área de assentamento. Nos autos consta que os valores foram desviados e a acusação é que parte da verba foi repassada ao então senador José Roberto Arruda. Ele Precisa explicar isso à sociedade do Brasil e especialmente do Distrito Federal.

FS: O senhor está magoado e cobra mais explicações do candidato do PFL ao GDF. Uma delas é sobre uma multinacional de cigarros, a Phillip Morris. De que se trata?

EV:Todo o Distrito Federal sabe que José Roberto Arruda(PFL) não fuma. Menos ainda cigarros da empresa multinacional Phillip Morris. Assim, que ele explique o que pediu ou exigiu dos executivos da empresa. O que será que Arruda postulava com a empresa internacional?

FS: O senhor afirma que José Roberto Arruda(PFL) dizia que tinha um dossiê contra o senador Paulo Octávio, como reiterou vária vezes até a empresários. Que dossiê é esse?

EV:No fim de março deste ano, em um jantar com mais de 40 empresários, José Roberto Arruda(PFL) disse que seria o candidato do PFL ao Governo do DF porque tinha um dossiê implacável contra Paulo Octávio, também pefelista e postulante à sucessão de Roriz. Disse mais: que Octávio tinha comprado o PFL, como ele mesmo salientou a uma emissora de rádio de Brasília. Segundo Arruda, o fato foi amplamente divulgado pela imprensa do DF. E eu questionei ao próprio Paulo Octávio, na presença de testemunhas, onde estava o dossiê. E quais os crimes que Paulo cometeu. Arruda tem que esclarecer isso à sociedade de Brasília, porque senão, ele terá um vice que é criminoso. Arruda disse também na época que Paulo Octávio não poderia ser um bom administrador de Brasília, porque ele não saberia em que lado do balcão ficaria. Ora, que balcão é esse? O governo Arruda, que felizmente não acontecerá porque ele não será eleito, pensa ele que seria um balcão de negócios? Isso porque ele levou Paulo Octávio para ser vice em sua chapa.

FS: O que o senhor tem a dizer sobre a campanha de Arruda, que começou antes com o afastamento dele da função de legislador, no caso, deputado federal?

EV:Eu posso dizer a todos os brasilienses que no Ministério Público do DF há uma investigação na qual constam depoimentos graves contra Arruda. Tem o de um ex-funcionário do seu comitê, acusando-o, dentre outras coisas, de utilizar servidores públicos e recursos financeiros sem origem na campanha antecipada. Bom seria que Arruda comparecesse ao Ministério Público do DF e detalhadamente
explicasse que não fez campanha antecipada. Menos ainda, que utilizou caixa 2 de empresas fornecedoras do DF.


Helena

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