Inconformado com a demora na liberação de grandes projetos do setor elétrico pelo Ibama e Ministério Público, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu intervir. Ele cobrou ontem, publicamente, integrantes do governo para dar rapidez às discussões sobre o futuro das duas usinas hidrelétricas que formam o Complexo do Rio Madeira, em Rondônia. Lula se disse "angustiado" com a situação do empreendimento e de outro projeto, a usina de Belo Monte, no Pará, cujos estudos ambientais enfrentam entraves na Justiça.
Lula chamou ontem ao seu gabinete, no Palácio do Planalto, o presidente do Ibama, Marcus Barros. Em cerimônia de assinatura dos contratos de concessão de hidrelétricas licitadas no fim do ano passado, anunciou a formação de uma espécie de força-tarefa, que funcionará a partir da próxima semana, para melhorar a articulação do governo em torno dos projetos.
Segundo o presidente, a idéia é colocar "numa única mesa" todos os setores que "direta ou indiretamente têm alguma incidência sobre esse projeto", referindo-se ao complexo do Madeira. O ministro de Minas e Energia, Silas Rondeau, explicou que a licença ambiental do Ibama, atestando a viabilidade da obra, precisa ser dada até o fim de setembro. Só dessa forma, afirmou, será possível incluir uma das usinas do Madeira no leilão de energia nova que o governo vai promover em outubro.
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