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segunda-feira, 14 de agosto de 2006

Logo ela...


Primeiro "revelaram" o apoio contra de Anthony Mateus a Heloisa Helena. Agora, veio apoio incondicional de Cesar Maia , que "estaria firme" com a presidenciável do P-Sol. Dentro do jogo eleitoral, HH disse que não pode recusar. quem resiste aos dois? Imagine então, Heloisa Helena , Arthur Virgilio, Alvaro Dias,ACM, Aceminho Neto, Eduardo Paes...todos juntos na presidência com a dona Heloisa! Tenho que admitir que "aquela lá sem serventia" está certa....."O que deu em Heloísa Helena? Por que, numa conversa de dez minutos no JN, a senadora esquece a luta de toda a sua vida? Com isso, ela cria uma nova modalidade de política: é a brincadeira de roda"

Em sua entrevista ao Jornal Nacional, Heloísa Helena fez a mais bela declaração de amor à demagogia. Aconteceu o seguinte. A apresentadora Fátima Bernardes quis saber se a candidata, uma vez eleita, cumpriria o programa de seu partido, o PSOL, que defende a expropriação de terras para a reforma agrária, sejam elas produtivas ou não. Heloísa Helena, em vez de defender o programa de seu partido ou repudiá-lo, saiu-se com uma resposta espantosa. "Eu não posso, meu amor, porque a Constituição proíbe", começou ela, negando que fosse tomar terras produtivas. Em seguida, emendou o mais estupendo dos complementos: "Programa de partido trata de objetivos estratégicos do partido. Não tem nada a ver com programa de governo". Parece incrível, mas é isso mesmo: Heloísa Helena acha que o partido pode dizer qualquer coisa, prometer e pretender o que quiser, mas na hora em que chega ao governo, bem, aí a coisa muda.

Logo Heloísa Helena, logo ela...

A senadora, ao renovar bruscamente sua visão sobre partido e governo, cria uma nova modalidade de atuação política durante períodos eleitorais: é a brincadeira de roda. Nela, cada candidato levanta as bandeiras de seu partido, canta a musiquinha que quiser e faz um ou dois passinhos novos, mas apenas com o objetivo de divertir a platéia – e capturar-lhe o voto, claro. Mas que fique claro: é apenas brincadeira de roda. Se o candidato da mais bela musiquinha ou do mais belo passo de dança ganhar, isso não tem nada a ver com o que vai cantar ou dançar no governo. Aí, é coisa séria.

Heloísa Helena pode brincar de roda. Sua popularidade eleitoral pode ficar em 12%, pode cair ou pode subir. Mas, antes de manter-se na brincadeirinha eleitoral, seria um gesto de elegância que ao menos pedisse desculpas à antiga companheirada do PT por ter cobrado coerência quando o partido chegou ao governo.

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