O Ministério da Educação (MEC) quer passar a servir jantar, a partir do ano que vem, na rede pública de ensino médio noturno, pelo menos no Norte e no Nordeste. A idéia é combater a evasão escolar, dando um motivo a mais para que os alunos de baixa renda que trabalham durante o dia freqüentem a escola. A expansão do programa de merenda, atualmente restrito a ensino fundamental, às creches e às pré-escolas, foi discutida ontem por técnicos do MEC e do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
O governo negocia um empréstimo de US$200 milhões (cerca de R$420 milhões) para o ensino médio e quer usar parte dos recursos para dar o pontapé inicial na ampliação do programa de merenda. O financiamento do BID prevê contrapartida de mais de US$130 milhões (R$270 milhões) da União e dos estados. Da contrapartida sairia o dinheiro para a merenda nas escolas noturnas. O financiamento já foi autorizado pelo Ministério do Planejamento, mas ainda depende do aval do BID e do Senado.
O valor total de US$330 milhões (cerca de R$690 milhões) seria gasto ao longo de quatro anos. Além da merenda, os recursos serviriam para aumentar a distribuição de livros didáticos no ensino médio e para melhorar a formação de professores. Para sair do papel, o projeto deverá ser negociado com os governos estaduais, que respondem por 85% dos estudantes. As escolas públicas noturnas do Norte e Nordeste tinham 1,6 milhão de estudantes matriculados no ensino médio ano passado. No país, 3,9 milhões de jovens freqüentavam turmas à noite. Ao todo, o ensino médio tinha 9 milhões de matriculados.
Helena
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