O deputado estadual Aldo Demarchi (PFL-SP) apresentou à assembléia um projeto de lei curioso, prevendo a obrigatoriedade de se incluir mel de abelhas em toda merenda escolar servida no Estado. Ele sustenta que o mel é rico em propriedades nutricionais, o que só faria bem às crianças. Diante dessas informações, um eleitor atento se perguntaria por quê, exatamente, ele especificou o mel, sendo que este produto possui os mesmos nutrientes que qualquer outro do mesmo grupo alimentar, o dos energéticos. A resposta é simples. O estado de São Paulo é o que mais produz mel no País e a região de Rio Claro, onde está a sua base eleitoral, faz parte do centro apicultor. Demarchi conta que elaborou o projeto a partir de um pedido dos próprios produtores, que alegaram estar com dificuldades para exportar. “Nossa função é atender reivindicações da população. Recebo, da mesma forma, representantes de outros segmentos que encaminham suas sugestões”, explica-se.
Para agradar suas bases, vale fazer lei para alterar nome de rua, de praça e de aeroporto. Conceder título de utilidade pública, então, é de praxe. E para quê? Para que as entidades que desenvolvem trabalhos de cunho social possam se beneficiar com a dedução do imposto de renda para quem lhes fizer doações. Absolutamente nada errado – desde que tais instituições sejam, de fato, idôneas -, mas iniciativas assim acabam por burocratizar e atrasar a aprovação de projetos mais urgentes. Afinal, político que é político sempre dá um jeito de incluir essas propostas na pauta de votações e, assim, agradar a gregos e troianos.
Isto É
Helena
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