O IBGE divulgou nesta sexta-feira o IPCA de junho, o índice usado como referência pelo governo. A inflação foi a menor dos últimos oito anos, dando esperanças de que agora, talvez, os juros possam cair mais.

O inverno mal começou e os lojistas já vendem mais baratas as roupas de frio. A liquidação antecipada favorece o bolso. Além das roupas, a feira e os remédios ficaram mais em conta e o custo de vida do brasileiro diminuiu. A maior inflação do ano foi a de janeiro: 0,59%. De lá pra cá, tendência de queda. A partir de abril, o IPCA foi se aproximando de zero, até chegar a um número negativo em junho. O índice registrou deflação de 0,21%. É o menor número dos últimos oito anos.
“Nos últimos três meses a inflação está em 0,10%, nós podemos dizer que é inflação de um país desenvolvido com manutenção de estabilidade de preços”, disse Eulina dos Santos, coordenadora de preços do IBGE.
O álcool, que no começo do ano foi o grande vilão dos preços, agora é o mocinho da história. Com a maior oferta de cana-de-açúcar nesta época, o litro do combustível ficou bem mais barato. Em junho, o preço caiu 8,77%. A gasolina, que tem na sua composição 20% de álcool, também ficou mais barata.
Além dos combustíveis, a valorização do real frente ao dólar puxou os preços para baixo. “A taxa de câmbio tem feito com que as importações sejam mais elevadas, e isso faz com que o mercado doméstico fique muito competitivo e, portanto, não haja um incentivo para o aumento de preço”, explica o economista Roberto Padovani.
No primeiro semestre, a inflação ficou em 1,54%, menos da metade da registrada no mesmo período de 2005. A pergunta agora dos economistas é se com os preços tão comportados, o Banco Central vai continuar a queda dos juros.
Renata F. - Jornalista da Folha - Espcial para o Blog Os Amigos do Presidente Lula.





0 Comentários:
Postar um comentário
Meus queridos e minhas queridas leitoras
Não publicamos comentários anônimos
Obrigada pela colaboração