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sábado, 8 de julho de 2006

Política de cotas terá critério social e não racial


O que era uma decisão de bastidores agora é oficial: o Palácio do Planalto quer rever o Estatuto da Igualdade Racial, que, entre outros pontos, obriga a criação de cotas para negros no serviço público e em empresas que negociam com o governo. A posição oficial - é que cotas sociais, levando em conta a renda e a origem da pessoa, são possíveis.

"Esse é o problema dessas normas que estão sendo propostas no estatuto. Como não têm um componente social explícito e colocam diretamente a questão racial, criam um tipo de resistência e uma discussão que opõe brancos e negros", afirmou o ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro. Oficialmente, como representante do Planalto, Tarso diz que o governo não tem uma posição fechada contra a proposta. Também não pretende apresentar uma nova proposta, mas acha que a atual pode ser mudada.


"Por enquanto o governo, como instituição, vai acompanhar com sua bancada a discussão. Mas não se negará a fazer propostas de composição para que a votação seja a mais legítima possível", frisou Tarso. Fora do gabinete do ministro, a informação é de que o apoio dado à proposta no Senado vai ser retirado para a votação na Câmara.

O assunto é delicado. Especialmente em ano eleitoral, parlamentares resistem a assumir posições impopulares. Mas o movimento contra a proposta cresce, porque aumenta a resistência na sociedade.


Helena

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