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sexta-feira, 28 de julho de 2006

Licença para dedicar-se à campanha


O presidente Lula analisa a possibilidade de tirar uma licença de 30 ou 20 dias da Presidência para dedicar-se apenas à campanha. O que no momento incomoda o Presidente Lula e os ministros integrados a reeleição é a ação da Justiça Eleitoral. O presidente recebeu estudos comparativos sobre o comportamento do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 1998, durante a campanha de reeleição de Fernando Henrique, e as decisões tomadas até agora, quando a campanha de 2006 está apenas se iniciando. Chegou à conclusão de que há diferença de tratamento entre um caso e outro. Atualmente, o TSE estaria sendo muito mais "exigente" em relação às restrições impostas a Lula que FHC à reeleição.

De uma penada só, por exemplo, o presidente do TSE, Marco Aurélio Mello, abortou cinco campanhas programadas pelo governo. Entre elas, campanha de prevenção de queimadas para proteger linhas de transmissão da Eletrobrás, sobre o Projeto Rondon, de incentivo à higiene bucal, de estímulo ao consumo de feijão e arroz, e a divulgação do prêmio Professores do Brasil. O governo lamenta também as restrições à divulgação de números telefônicos para atendimento de socorro médico-ambulatorial.

Para Lula e ministros que colaboram com a campanha, seria normal o TSE barrar campanhas com a marca do governo Lula, "Brasil - Um país de todos", mas não campanhas de natureza institucional, que prestam um serviço de utilidade pública e não teriam motivação eleitoral, como a que previne queimadas na Amazônia.

O presidente também já percebeu da divisão do noticiário de mídia entre as campanhas. Essa divisão estaria sendo prejudicial a ele, se comparada com o que os telejornais fizeram em 1998. À época, FHC contava, ao mesmo tempo, com a cobertura das ações do presidente e das atividades de campanha do candidato, separadamente. Atualmente, especialmente a televisão, estaria se limitando a noticiar as atividades do chefe de governo.

E o projeto de comparar os indicadores da era FHC com os três anos e meio de Lula - que seriam "muito melhores" - está de pé. Aliás, "cadê o Fernando Henrique?" - Interessante também seria mostrar nesta campanha eleitoral os desmando tucano em São paulo "O Alckmin é PSDB e PFL" . Talvez por isso é que o ex-governador deva entrar de vez na linha de tiro da campanha.

É possível prever o tom do que vem no horário eleitoral: "Alckmin vai dar um choque de gestão do PCC e da Febem no Brasil", "Vamos mostrar a eficiência dele, vamos mostrar São Paulo, o metrô que liga nada a coisa nenhuma, a educação, mostrar o pessoal que sai da oitava série sem saber ler e escrever. Ah e a lista de sanguessugas tucanos que cresce mais e mais a cada dia?


Helena

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