Foi aberta a disputa entre os homens do PFL para saber qual deles consegue ser mais violento contra o presidente Lula. Não inovam na linguagem, não inovam nos métodos, não inovam nos gestos histriônicos. São os conservadores que voltam a aglutinar-se contra o desenvolvimento político e econômico do País.
O mal dos golpistas de hoje é imitar os golpistas antigos.
Os conservadores voltam a aglutinar-se contra o desenvolvimento político e econômico do País. Não inovam na linguagem (embora a de hoje consiga ser um pouco mais chula do que a de antes), não inovam nos métodos, não inovam nos gestos histriônicos.
Há, entre os homens do PFL (com a exclusão de alguns, como o elegante Marco Maciel) disputa para saber qual deles consegue ser mais violento contra o presidente Lula. É uma corrida para a derrota. O Sr. José Jorge, que disputa com o Sr. Antonio Carlos Magalhães o campeonato de insultos, acaba de dar um tiro na candidatura do Sr. Geraldo Alckmin, ao qualificar o Presidente Lula como nordestino “desnaturado” e “renegado”. É preciso decifrar o que quis dizer com isso. Ao que parece, pretende afirmar que o presidente deixou de ser nordestino e passou a ser paulista. Se assim pensa, é estranho o juízo que tem dos paulistas, entre eles o seu companheiro de chapa. Se Lula é desnaturado, é preciso identificar qual a natureza real do nordestino: se a dos senhores de engenho, hoje usineiros, que constituem o arcabouço social do PFL, ou a dos plantadores e cortadores de cana, dos lavradores do agreste, com suas cabras, sua sede, seus filhos morrendo de verminose e de desnutrição. Talvez o bravo senador considere desnaturados todos os nordestinos que, empurrados pelas secas e pelo desemprego, deixaram o sertão e foram ganhar a vida em São Paulo, como é o caso dos milhões de trabalhadores que ajudaram a construir o grande Estado. Não está naturalmente pensando no engenheiro pernambucano José Ermírio de Moraes que migrando para São Paulo, administrou a empresa de seu sogro, e transformou a Votorantim no mais importante conglomerado industrial privado no Brasil, hoje sob o comando do Sr. Antonio Ermírio. Enfim, se um chegou com seu título universitário, outros, como Lula, vieram com as mãos de menino vazias, em caminhões pau-de-arara, tangidos pela fome. Tanto José Ermírio quanto Lula não foram desnaturados, nem renegados. Os dois honraram o Nordeste, vencendo em uma sociedade altamente competitiva e complexa, como a de São Paulo. O Senador José Jorge, para usar a expressão banal, pisou na bola.
O governo está respondendo com prudência. A melhor resposta é a de propor a realização de um grande projeto nacional de centro, que se inicie no próximo mandato presidencial. Esse projeto deverá dar prioridade ao desenvolvimento econômico e às reformas políticas, a fim de que confiram legitimidade ao sistema representativo e incentivem a autonomia administrativa e o poder político dos municípios e dos Estados. Leia mais aqui na Carta Maior
Helena
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