Então vejo tucanos falarem em ética, moral, falam no caso Celso Daniel, no qual a própria policia de SP, do PSDB, afirma que foi crime comum , mas não vejo essas pessoas quererem investigar esse caso do assassinato da modelo em 98 em Minas que tinha envolvimento com políticos e malas de dinheiro. Qual seria o motivo? Seria por está notícia que está no JB ?
BELO HORIZONTE - Familiares da modelo Cristiana Aparecida Fernandes, morta em agosto de 2000, afirmaram ontem, em depoimento ao Ministério Público de Minas Gerais, que ela costumava transportar malas de dinheiro de Belo Horizonte a São Paulo e Brasília.
O promotor Francisco de Assis Santiago, que presidiu o inquérito da morte, suspeita que a modelo estivesse envolvida em um esquema de caixa dois de políticos mineiros na eleição de 1998. Santiago vai enviar os depoimentos ao promotor-geral de Justiça, Jarbas Soares Júnior, e pedir a quebra de sigilo bancário da modelo.
- A família trouxe informações sobre o comportamento e a vida dela. E ela vivia deste expediente, de fazer o transporte de valises e malas para determinados políticos - disse hoje o promotor, sem citar nomes.
Ontem foram ouvidos os irmãos de Cristiana, Arnaldo e Cláudio Ferreira, e a mãe dela, Maria Conceição Ferreira.
Na semana passada, Marcos Valério Fernandes Souza disse em depoimento à CPI do Mensalão que contraiu empréstimos bancários que foram repassados para campanhas eleitorais de políticos mineiros.
As investigações sobre a morte de Cristiana causaram grande repercussão em Minas, porque envolveu nomes de diversos políticos mineiros com os quais ela mantinha contato. Na agenda dela estavam anotados telefones de vários deles. O ex-noivo da modelo foi apontado pelo Ministério Público como autor da morte e aguarda o julgamento em liberdade.
O advogado da família de Cristiana, Rui Caldas Pimenta, disse que eles querem o esclarecimento do caso.
- Eles esperam que seja esclarecida de vez o homicídio. Pelo laudo feito após a exumação, ela pode ter sido morta por mais de duas pessoas - disse Pimenta.
Amanhã, o advogado da família vai tentar identificar um preso que, em 2002, enviou uma carta ao MP, dizendo ter informações sobre a morte da modelo.
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Colaboração: Mauricio Andrade
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