O governo brasileiro terminou de pagar em maio toda a dívida com os credores externos oficiais reunidos no Clube de Paris. No total, foram desembolsados no mês passado US$ 692 milhões de principal e juros. Com a operação, a dívida externa total do Brasil caiu em maio para US$ 160,696 bilhões, valor mais baixo desde os US$ 153,1 bilhões de dezembro de 1995, segundo o Banco Central (BC).
O débito do Brasil com o Clube de Paris era de, aproximadamente, US$ 2,5 bilhões no fim de 2005 e, pelo cronograma original, deveria ser liquidada somente em janeiro de 2007. Em janeiro deste ano, foi paga uma parcela regular de US$ 173 milhões e, depois disso, o governo decidiu antecipar a liquidação do restante.
O dinheiro não saiu das reservas internacionais. “Usamos recursos adquiridos pelo Tesouro Nacional no mercado de câmbio”, disse o chefe do Departamento Econômico (Depec) do BC, Altamir Lopes.
Em abril, a administração federal havia liquidado a parte da dívida externa com credores privados originada da renegociação feita no âmbito do Plano Brady, na década de 90. Naquele mês, o Tesouro Nacional pagou, antecipadamente, US$ 5,85 bilhões aos credores que detinham os títulos emitidos naquela negociação. Pelo cronograma normal de vencimentos, essa parte da dívida só seria encerrada em 2014.
A queda do endividamento externo abriu espaço para o BC rever para baixo a projeção de amortizações da dívida externa, de US$ 35,1 bilhões para US$ 33,2 bilhões. Essa estimativa leva em conta o total da dívida até março. Como a dívida teve redução, a avaliação para amortizações poderá ficar ainda menor.
Helena
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