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terça-feira, 16 de maio de 2006

Tá tudo dominado


Lula sinaliza com tropas federais para o governo paulista, que conta 81 mortos nas ruas. Lembo só aceita ações de inteligência da PF.

Apesar do esforço do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em enviar tropas para combater a onda de violência em São Paulo, que ficou praticamente paralisada ao longo do dia, o governador Cláudio Lembo, recusou ontem, pela segunda vez, a ajuda do governo federal. Logo cedo, o presidente esteve reunido com os ministros de Relações Institucionais, Tarso Genro, e da Justiça, Márcio Thomaz Bastos. Tratou dos atentados como “uma provocação, uma demonstração de força do crime organizado”. Lula orientou assessores e petistas a não tirarem proveito eleitoral da crise. Ofereceu a Lembo, inclusive, as tropas do Exército. Depois de conversar com o governador, o presidente despachou Bastos para São Paulo. No início da noite, depois de uma hora de reunião com o ministro da Justiça, o governador afirmou que rejeitara o deslocamento da Força Nacional para o estado.

“O deslocamento do contingente de 4 mil policiais da Força Nacional ou mesmo das Forças Armadas não é necessário. Chegamos à conclusão de que o Exército nas ruas neste momento é desnecessário”, disse o governador. Ele decidiu aceitar apenas a atuação da Polícia Federal em conjunto com as polícias de São Paulo no trabalho de inteligência e troca de informações. Duas horas depois, em entrevista ao Jornal Nacional, da Rede Globo, Lembo sinalizou com um recuo. Argumentou que não há uma posição de obstáculo à ajuda federal. “Se for necessário, vamos pedir ajuda para o entorno dos presídios, mas nesse momento não creio necessário”, disse.

As ações do Primeiro Comando da Capital (PCC) pararam a maior cidade da América Latina. Em três dias, foram 184 ataques, 56 ônibus incendiados, pelo menos oito agências bancárias saqueadas e 81 mortos. Em meio a um congestionamento recorde, de quase 200km, os paulistanos foram ontem para casa mais cedo. O motivo foi o fechamento do comércio, das empresas e das escolas pelo temor da onda de violência que, desde sexta, atingiu policiais, criminosos e cidadãos comuns. No fim do dia, o pânico tomou conta da cidade com notícias até de toque de recolher.

A pergunta que todos estão fazendo no momento é: Cadê o Serra que até um mes atrás foi o prefeito de São Paulo e agora candidato a governador? Cadê o Alckmin que foi governador e agora é candidato a presidente? Cadê o Kassab que é o prefeito? Sumiram? por quê?. Corre a boca solta que o governador Claudio Lembro não quer aceitar ajuda de Lula, isso faria com que o Presidente fosse visto com bons olhos pela população Paulistana, o que poderia reverter em votos para a reeleição de Lula.

Helena

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