governador de São Paulo, Cláudio Lembo (PFL), negou ontem que tenha havido matança no estado por parte da polícia, mas admitiu que pode ter havido morte de inocentes. Lembo disse que vai esperar o resultado dos inquéritos que estão investigando as 109 mortes ocorridas em confrontos com policiais desde o dia 12:
— Isso estamos analisando. Fui o primeiro a responder. Há inocentes? Eventualmente pode haver inocentes. Quem vai dizer é o inquérito policial. A partir do inquérito vamos tomar outras decisões.
Segundo Lembo, se houve matança foi de policiais militares e civis, não de civis.
— Isso não, jamais isso (matança). Pode ter havido aqui e ali eventual inocente morto, mas não matança em São Paulo. Isso não houve. Se houve matança em São Paulo foi de policiais civis e militares, eles foram mortos — disse.
Na sexta-feira, ao ser pressionado por entidades de direitos humanos e pela OAB para que divulgasse a lista com o nome dos mortos nos confrontos com a polícia, o governador Lembo dissera que não iria divulgá-la.
— A lista não vai sair — dissera Lembo, acrescentando que para cada morte nos confrontos com a polícia seria aberto inquérito.
Lembo deu entrevista na ala residencial do Palácio dos Bandeirantes, sede do governo, depois de receber a visita da cúpula de seu partido, que foi prestar-lhe solidariedade.
Ele negou que os problemas com a segurança pública em São Paulo possam prejudicar a campanha do ex-prefeito José Serra (PSDB-PFL) ao governo.
— Não, não... Vamos avançar e vamos apresentar projetos sobre segurança no governo de São Paulo e certamente o José Serra terá uma participação nisso — afirmou Lembo.
Helena
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