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terça-feira, 30 de maio de 2006

Oposição a qualquer preço


O PSTU, quem diria, está defendo os servidores públicos que recebem altíssimos salários. Comentando declarações do ministro das Relações Institucionais, Tarso Genro, que defende a redução das despesas da União com cortes de salários, pensões e aposentadorias, a secretária-geral do Sindicato dos Trabalhadores em Processamento de Dados do Rio Grande do Sul, também dirigente do partido, Vera Guasso, disse que esse é o caminho para a destruição de conquistas históricas dos trabalhadores. "O governo Lula tem a mesma receita de Fernando Henrique Cardoso: tudo para os banqueiros e nada para os trabalhadores", afirmou.

Trata-se de uma leitura enviesada das declarações do ministro. Ele sugeriu corte de salários, pensões e aposentadorias, como forma de reduzir a diferença entre as maiores e as menores remunerações vigentes entre os servidores públicos. Destacou que o mais alto salário é 60 vezes superior ao menor, e que a distorção poderá ser corrigida por meio de proposta de emenda constitucional. Segundo Genro, com a medida, a diferença poderia cair 30 vezes. O PSTU está contra.

Quanto a afirmação da secretária-geral de que a receita do governo Lula é "tudo para os banqueiros e nada para os trabalhadores", é uma simplificação grosseira que revela desconhecimento da realidade social do país (o que, tratando-se do PSTU, não é de admirar). Desconhece, por exemplo, o aumento real de 25% do salário mínimo durante o governo Lula. Igualmente não considera as políticas sociais do governo que beneficiam os trabalhadores de baixa renda, como o Bolsa Família e o Fome Zero. Mas esses são benefícios que atingem as camadas mais carentes da população. O PSTU parece mais interessando em defender os servidores que recebem polpudos salários às custas do Estado.

A oposição a qualquer preço provoca esses desatinos.


Jens

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