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quarta-feira, 3 de maio de 2006

o que pensam os institutos de pesquisa

Carlos Augusto Montenegro captura nas pesquisas algo que pode ser definido como óbvio, mas cuja reiteração e explicitação auxilia na compreensão do como e do por quê um presidente resiste a tal pancadaria por quase um ano:

- Lula é um símbolo. Se nada atingi-lo muito dura e diretamente, ele é amplamente favorito. Ele é um símbolo aos olhos do povo, da multidão. Quando ele entrou na carruagem da Rainha Elizabeth, em Londres, todo esse povo, o nordeste quase inteiro, entrou junto com ele. Também por cenas simbólicas como essa o Lula tem no nordeste uma vantagem de seis a sete por um.

Quanto à crise política, Montenegro analisa:

- Há quase onze meses Lula e seu governo sofrem uma investigação midiática incomparável em relação a outros presidentes do Brasil, e creio que eleitorado já absorveu e se posicionou ante o exposto.

A economia é um ponto forte para Lula, diz Montenegro. E quando fala em economia inclui o Bolsa Família, o crédito consignado, a "comida que poucas vezes teve preços tão acessíveis na cesta básica". O diretor do IBOPE aponta um dos motivos que o levam a perceber o amplo favoritismo:

- Em 89, 94 e 98 Lula perdeu entre os pobres e esse é um segmento que ele agora atinge como nunca antes, ainda que tenha perdido, ao mesmo tempo, setores da classe média, setores influenciáveis por artistas, jornalistas...

Por fim, e em resumo, Montenegro lembra que Lula é "símbolo":

- Ele criou a maior central sindical da América Latina, um dos maiores partidos da mesma região e, vindo das camadas mais pobres, de uma família de pau-de-arara, se tornou presidente. O simbolismo disso é poderosíssimo e nem sempre pode ser medido em toda sua extensão. Quando ele entrou na carruagem da Rainha Elizabeth todo esse povo, o Nordeste inteiro entrou junto com ele. Por todo esse simbolismo, por cenas como essa, a intenção de voto dele no nordeste é de seis ou sete por um.

Leia a matéria completa aqui no Terra Magazine

Helena

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