Os alquimistas tucanos descobriram a fórmula para salvar da ruína a candidatura de Geraldo Alckmin. É simples: basta calar a boca do ex-presidente FHC, apropriar-se das realizações do governo e atribuir ao presidente Lula erros praticados pela administração anterior. Amparados em pesquisas de opinião que mostram que a maioria do povo não quer nem ouvir falar de FHC, a cúpula tucana concluiu que cada vez que abre o bico ele tira votos de Alckmin. Assim, FHC deve calar a boca, pelo bem do projeto neoliberal. Resta saber se o ex-presidente, vaidoso como um povão, vai se sujeitar a atuar nas sombras. Aliás, para ser perfeita, a estratégia deveria estender a mordaça a todos os líderes do PSDB e do PFL e seus servos na mídia. Talvez não ajudassem a candidatura Alckmin, mas nos poupariam de ouvir as ofensas que diariamente assacam contra o presidente Lula. Se for para mentir, que se calem todos. O povo agradece.
O segundo passo da estratégia tucana parte do pressuposto de que a sociedade é idiota. Só isso pode justificar a pretensão de assumir para o PSDB o sucesso dos programas sociais como o Bolsa Família. Na verdade, e a população sabe, os tucanos são frontalmente contra políticas de resgate da cidadania. A sua opção preferencial está bem distante das necessidades da população carente, como provam o Proer e as privatizações implementadas pelo governo FHC. Para eles, e gente da sua laia, dar pão a quem tem fome e escola para quem precisa é "assistencialismo"e "populismo". Por fim, os embusteiros pretendem reescrever a história, renegando atos do passado. Um exemplo: em 1996 FHC assinou acordos para fornecimento de gás com a Bolívia, que fizeram daquele país o fornecedor exclusivo do Brasil. Foi uma decisão errada. Como sabe qualquer comerciante de boteco, não é bom para os negócios depender de uma única fonte de abastecimento. Agora, quando a nacionalização do gás boliviano escancara o erro monumental que cometeram, querem transferir a responsabilidade para o governo Lula. Como diriam os mais antigos, não passam de uma tropa de salafrários.
Jens
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